Você conhece o glutamato monossódico? Saiba os perigos do realçador de sabor

Alimentos industrializados, como a batata frita congelada, podem conter glutamato monossódico
Alimentos industrializados, como a batata frita congelada, podem conter glutamato monossódico

Você provavelmente já passou por ele sem nem perceber várias vezes. Isso porque esse ingrediente se disfarça sob várias “identidades”: realçador de sabor, MSG, ativador de sabor, umami. Em todos eles, não se engane, está por trás um dos maiores vilões da alimentação: o glutamato monossódico. O composto químico está presente em alimentos industrializados em geral – como salgadinhos, chips, molhos e macarrão instantâneo. Ele também é encontrado em pratos de restaurantes, enlatados, refeições congeladas e até em comidas diet prontas.

A ‘síndrome do restaurante chinês’

Você já ouviu falar nessa “síndrome”? Ela é conhecida por pessoas que relataram sentir dores de cabeça, náuseas, sudorese e formigamento peculiar após comerem uma iguaria oriental. Por isso, muitas vezes, pessoas mais sensíveis acabam discriminando a comida chinesa e a japonesa, por temerem os efeitos do glutamato. Afinal, ele se tornou famoso no Oriente, estando presente em inúmeras receitas.

Sua fórmula, inclusive, é comercializada como um equivalente ao sal – e por muitas vezes o ingrediente foi considerado até mais saudável que o cloreto de sódio. Isso porque o glutamato está presente em um dos principais ingredientes da culinária oriental: o molho shoyu. Mas se você já está pensando em largar o japonês calma, porque, de acordo com a nutricionista Cristiane Coronel, com a devida atenção podemos comer o ingrediente sem culpa. “Hoje podemos encontrar molho shoyu e outros alimentos sem este aditivo químico. Por isso, fique atento aos rótulos!”.

Mas afinal, será que o glutamato monossódico faz tão mal assim?

O consumo de glutamato monossódico é polêmica até hoje e gera divergências entre químicos e nutricionistas, com alguns alegando que o aditivo nada mais do que outro composto químico, sem maiores malefícios para a saúde. Sobre o assunto, Cristiane Coronel dá seu veredito: “Tudo que é artificial, seja feito ou acrescentado com substâncias sintéticas, não combina com o organismo humano. O nosso organismo ainda é pré-histórico. Em outras palavras: nós ainda não tivemos tempo suficiente para evoluir nossa genética a ponto de nos ‘acostumarmos’ com substâncias novas sem que elas nos façam mal”, diz.

Do ponto de vista químico, o realçador de sabor não possui nenhum nutriente, vitamina ou mineral que seja relevante para uma dieta equilibrada. “Toda substância artificial em contato com nossa saúde com frequência possui um grande potencial de nos causar algum tipo de malefício como intolerâncias, algum tipo de malefício como intolerâncias, alergias ou até mesmo mutação de células (tumores)”, ressalta a nutricionista.

Glutamato monossódico vicia o paladar e prejudica o fígado

De acordo com a nutricionista, o glutamato monossódico acarreta diversos prejuízos à saúde. “O consumo frequente pode desencadear fatores desagradáveis, como cefaléias (dores de cabeça), excitação das papilas gustativas da língua (enganando o cérebro e fazendo com que cause vícios por alimentos com mais açúcares, gorduras e ainda mais glutamato monossódico) e, por consequência, seu uso contínuo pode causar hepatotoxicidade, ou seja, intoxicação do fígado“. Entretanto, alguns estudos mais recentes revelam ainda mais prejuízos, pois seus efeitos no cérebro não acabam por aí.

Seu cérebro também corre risco

Sendo o glutamato uma ocitocina – hormônio conhecido como “do amor” -, pesquisas apontam que ele acaba excitando demais os neurônios, podendo levá-los à morte. Isso desencadeia uma degeneração do sistema nervoso, o que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças psicológicas, como a depressão e o transtorno de bipolaridade, e doenças nervosas, como mal de Parkinson, Alzheimer e esclerose. Cristiane ainda alerta sobre outros possíveis efeitos: “Existem estudos que mostram que seu consumo frequente, pode causar hiperatividade infantil, um tipo de intoxicação no cérebro das crianças que afeta o Sistema Nervoso Central”.

Como se desintoxicar do glutamato monossódico?

O glutamato, infelizmente, vicia. Por isso, é bem capaz de que tenhamos uma “queda” por esse aditivo que nada acrescenta na nossa dieta – e talvez até tenhamos grande quantidade do ingrediente em nosso organismo. É preciso tomar cuidado, para que não acabemos com as chances do nosso próprio corpo se livrar do que não serve.

“O nosso organismo possui um sistema de desintoxicação natural excelente e, por isso, de vez em quando, se houver um consumo de algo que não seja saudável, nosso corpo fará o processo de limpeza com eficiência. Mas quando o consumo desses tipos de substâncias é frequente não há garantia alguma de que nosso organismo irá funcionar bem com este sistema de desintoxicação”, afirma a Cristiane Coronel.

Para fazer aquele detox, que nos permite nos limpar dessas impurezas, a nutricionista dá algumas dicas. “Chá verde, de boldo, hibisco, hortelã e erva-doce são boas opções, assim como fontes de ômega 3: peixes, linhaça, azeite de oliva extra virgem. Folhas como couve, repolho, folhas de brócolis, agrião, alfaces e sucos funcionais, que são a mistura de frutas com hortaliças”, finaliza

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