Uma eleição difícil para Marcelo, Eduardo e Amazonino. Situação mais complicada é de Marcelo Ramos, que não tem voto no interior

Se a eleição direta para escolha do novo governador do Amazonas for mesmo mantida, conforme definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teremos pelo menos 6 candidatos.

Já ouvimos falar das candidaturas de Eduardo Braga (PMDB), Amazonino Mendes (PDT), Marcelo Ramos (PR) , Silas Câmara (PRB), Marcelo Serafim (PSB) e José Ricardo (PT). Há ainda a possibilidade de candidaturas do PSDB, PTN e  PMN.

Se considerarmos o histórico das últimas eleições, cotejando com a pesquisa eleitoral DMP/REDE TIRADENTES divulgada ontem (9), podemos concluir que o futuro governador será Eduardo, Amazonino ou Marcelo Ramos. Não há espaço nem tempo para o surgimento de um nome novo.

A pesquisa, feita exclusivamente em Manaus, apontou que Marcelo, Amazonino e Eduardo estão tecnicamente empatados entre 18% e 20%. Amazonino e Eduardo, que já foram governadores e senadores, têm mais chance de vencer, porque têm votos no interior. Marcelo é uma figura desconhecida no interior e teria muita dificuldade em conseguir a adesão de qualquer prefeito. Historicamente, ninguém venceu eleição no Amazonas sem a participação maciça dos prefeitos.

Se usarmos os números da última eleição estadual, a situação fica  ainda mais complicada para Marcelo Ramos. Em 2014, ele teve 179.758 votos, dos quais 167.685 em Manaus e apenas 12.073 no interior. Em termos percentuais, Marcelo obteve 10,03% dos votos do Amazonas, que tem 2.320.326 eleitores.

Com apenas 10% do eleitorado e sem o apoio de nenhum prefeito, Marcelo Ramos está muito distante de alcançar os 50% mais 1, exigidos para se tornar governador.

Amazonino e Eduardo também têm situações complicadas. Ambos precisam ampliar suas bases, conquistando novos partidos que garantam espaço da propaganda eleitoral e a adesão de mais prefeitos que atraiam o difícil voto do interior.

A rigor, nem Marcelo, nem Amazonino ou Eduardo têm situação confortável. Nenhum sairá vitorioso sem esses 3 ingredientes: votos na capital e interior, alianças e dinheiro.

Quem quiser governar o Amazonas, terá que dispor dessas 3 coisas. O resto, é conversa fiada, é lambança e derrota certa!

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