Último dia de 2020 teve início de confronto entre detentos e ameaça de rebelião no CDPM II

Revelação é da Seap, que encerrou 2020 “evitando mortes” no sistema prisional do Amazonas

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que um princípio de confronto foi evitado, na manhã da última quarta-feira (31/12), no Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2), localizado no Km 8 da rodovia BR-174, durante o banho de sol dos internos no pavilhão 06.

Segundo informações do serviço de inteligência da Seap, um grupo de internos não identificados iniciou o motim com o objetivo de atentar contra a integridade física de outros detentos. A situação no local foi rapidamente contornada após a ação do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP), evitando o conflito. Não houve fugas e não há informações sobre feridos. Esse é mais um foco de conflito contornado no Sistema Prisional do Amazonas.

De acordo com o chefe do Departamento de Inteligência Penitenciária, Francisco Camurça, as ações de monitoramento das unidades prisionais têm se mostrado altamente eficazes na prevenção de confrontos e situações de risco. “Episódios do tipo mostram a necessidade de uma atuação preventiva constante, que procure debelar focos de crises antes que a tensão exploda”.

Para o titular da pasta, coronel Vinícius Almeida, as ações de inteligência e o trabalho de investigação representam um instrumento fundamental para manter um ambiente seguro no sistema prisional.

“Nós estamos investindo muito em inteligência e, graças à ação preventiva, nós já conseguimos contornar inúmeras situações de perigo, evitando prejuízos e salvando vidas”.

Com base em relatórios de seu serviço de inteligência, a Seap tem contribuído estrategicamente com a segurança pública no combate ao crime organizado. “A ação integrada entre nossa Inteligência e a Inteligência da SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública) tem também produzido excelentes resultados no cotidiano de nossa sociedade, mostrando que essa união gera resultados dentro do Sistema Prisional e nas ruas de nossa cidade, os números de redução de criminalidade estão disponíveis provando isso”, reforçou Almeida.

 

Massacre em 2017

Em janeiro de 2017, 56 detentos foram mortos, após uma rebelião que durou 17 horas. Parte dos  mortos era integrante de uma facção criminosa e cumpriam penas por estupros.

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