Ufam: Pró-reitor de ensino e graduação nega que vagas de medicina sejam ocupadas apenas por alunos de fora do Am

21/02/13 – A informação de que nenhum estudante amazonense conseguiu acesso ao curso de medicina da Universidade Federal do Amazonas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, ainda não está confirmada.

Nesta quinta-feira (21), o pró-reitor adjunto de ensino e graduação da Ufam, professor Adson Hara, explicou que o levantamento ainda está sendo feito. “Essas informações se referem aos alunos da ampla concorrência. Por determinação legal, a Ufam fez uma reserva de vagas para os alunos da escola pública. A questão da renda, racial etc., então, a gente ainda não tem essa informação sobre essa questão do sistema de reserva de vagas. Ainda vamos fazer esse levantamento para finalizar os dados, para sabermos como ficou preenchimento das nossas vagas.”

De acordo com Adson Hara, a reserva de vagas é o equivalente a 12,5% de 56 vagas, em torno de sete vagas destinadas à ampla concorrência, mas essas vagas vão crescendo paulatinamente.

O pró-reitor negou que as vagas do curso de medicina da Ufam sejam ocupadas por alunos de fora do estado, e explicou.
“É importante ressaltar que metade das vagas do curso de medicina da Ufam, é destinada ao Processo Seletivo Contínuo (PSC), que é destinado aos alunos do Amazonas, então não é verdade que todas as vagas do curso sejam ocupadas por alunos de fora do Estado.”

Adson Hara admitiu a possibilidade de um novo debate sobre a distribuição das vagas no processo seletivo. “O Ministério da Educação nos dá uma autonomia sobre o percentual das nossas vagas destinadas ao SISU. Tivemos uma primeira discussão sobre o assunto em 2009, quando chegamos ao resultado de que poderíamos dispor de 50% das nossas vagas para cada processo seletivo. É óbvio que isso pode ser discutido novamente, para rever a distribuição dessas vagas no processo seletivo.”

O pró-reitor confirmou a alta procura do curso de medicina por estudantes de fora do Estado. “Eu mesmo fui coordenar uma aplicação de prova de vestibular em Humaitá, e nós tínhamos lá, mais ou menos três ou quatro salas de aula com quase 60 alunos, todos da região do Mato Grosso e Goiás, concorrendo às vagas do vestibular da nossa Região, então, historicamente, a gente já tem uma procura muito alta de pessoas de fora, pelas vagas do curso de medicina.”

De acordo com o professor Hara, a decisão sobre a distribuição das vagas só pode ser tomada pelo Conselho Universitário, do Ministério da Educação.

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