“A ver navios”. Foi assim que o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e a população de todo o Estado ficaram nos últimos dias, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a eleição para governador-tampão.
O Diretor Geral do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), Messias Andrade, refez as contas e disse que os gastos do TRE com o pleito eleitoral, após a cassação do ex-governador José Melo (PROS), pode ser bem maior do que foi estimado pelo órgão; algo superior a R$ 10 milhões.
O processo eleitoral foi suspenso, após decisão do Ministro Ricardo Lewandowiski. A decisão, que balançou o meio político amazonense, trouxe prejuízos para o erário. Segundo Messias Andrade, somente com despesas de horas extras, o TRE-AM gastou mais de R$ 500 mil com os servidores que já haviam sido deslocados para o Interior do Estado.
O diretor geral do TRE-AM disse, ainda, que outra conseqüência com a determinação do pleito e posterior suspensão do processo eleitoral está relacionada à biometria.
Nas ruas, o contribuinte amazonense cobrou explicações sobre quem vai repor o dinheiro gasto com a eleição que não vai acontecer.
Com a suspensão da eleição, o atual governador interino, David Almeida (PSD) permanece no cargo, até que o STF volte a colocar na pauta de julgamento a análise do recursos do governador cassado.