The Economist estampa Bolsonaro na capa: “Mais recente ameaça da América Latina”. Revista norte-americana classifica o presidenciável como autoritário e ressalta ataque ao candidato

A revista norte-americana The Economist trouxe nos exemplares de setembro o candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, como destaque. Na capa, uma foto do presidenciável com os dizeres “Jair Bolsonaro, mais recente ameaça da América Latina”.

O artigo ressalta a atual crise política e econômica vivida pelo Brasil e diz que, caso Bolsonaro vença as eleições de outubro, a situação tem risco de ficar ainda pior. A revista afirma que o capitão reformado era apenas mais um deputado no Congresso brasileiro antes das denúncias da Lava Jato, e ganhou força com os desdobramentos dos escândalos de corrupção.

O texto lembra casos polêmicos envolvendo Bolsonaro, que vão desde o episódio com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) até declarações hostis contra o público LGBT e negro. Aponta ainda que o presidenciável tem em sua equipe de governo um liberal para ficar à frente da economia.

Ao citar a posição de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto, a revista lembra que o ataque sofrido pelo candidato deu ainda mais força na corrida presidencial. Ao citar o estilo autoritário do candidato, o The Economist ressalta a admiração do presidenciável por Augusto Pinochet, ditador chileno que esteve no poder entre 1973 e 1990.

No final, o artigo lembra que o Brasil tem avançado em algumas questões, como a proibição de doação de dinheiro por empresas para campanhas eleitorais, mas que ainda precisa melhorar, e que Bolsonaro não é a pessoa que vai recolocar o Brasil no rumo do crescimento.

Reportagem, Thiago Marcolini

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