Efeito Vila Socó: suposto vazamento de gás volta a assustar e preocupa moradores da capital

30/05/13 – Um suposto vazamento de gás voltou a assustar moradores, trabalhadores e estudantes da área central de Manaus, na tarde dessa quarta-feira(29).

O forte odor de uma substância  não identificada e origem não determinada foi sentido em parte do Centro da capital, e os prédios das unidades quatro, seis, oito e onze, do Centro Universitário do Norte (Uninorte), tiveram de ser evacuados, devido a um forte cheiro, semelhante ao de gás de cozinha.

Estudantes, professores e funcionários administrativos foram retirados às pressas e houve tumulto. Segundo informações de funcionários e alunos da instituição, algumas pessoas chegaram a passar mal, pela falta de ar e dificuldades para respeirar, e tiveram de ser atendidas por equipes de socorro do próprio Uninorte.

Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CB-AM), acionadas pela população, estiveram nos locais onde o odor foi sentido, no final da tarde. Os prédios foram vistoriados, mas o gás ou a rigem dele não foi identificados.

Essa não é a primeira vez que a população da capital passa pela experiência. No último dia 30 de abril, um odor semelhante ao sentido ontem gerou pânico e tumulto em vários pontos da área central de Manaus. No mesmo Uninorte, os prédios também tiveram de ser evacuados. Naquele dia, o Corpo de Bombeiros também foi acionado, mas não conseguiu identificar nem o tipo de gás ou a origem dele.

A população da capital começa a ficar assustada e preocupada com a possbilidade de novos vazamentos, com sérios riscos de explosões, porque, passado o pânico, não percebe uma tomada de posição ou qualquer manifestação das autoridades para identificar as causas do problema.

Tragédia da Vila Socó-SP tem muito a nos ensinar

A maior tragédia de que se tem notícia, relacionada a vazamentos de produtos químicos, no Brasil, é referente à Vila Socó, uma favela de palafitas suspensas sobre uma área de mangue, em Cubatão, interior de São Paulo.

Na madrugada de 24 de fevereiro de 1984, um forte cheiro de gasolina assustou os moradores da vila. O vazamento começou em um duto de gasolina da Petrobrás, que passava em baixo da área, e acabou jorrando 700.000 litros de gasolina.

O resultado, segundo dados oficiais, foram 93 mortos e mais de 4.000 feridos, mas, de acordo com dados extra-oficiais, mais de 500 pessoas morreram na tragédia, o que significa se tratar de um dos episódios com maior número de mortes , nos últimos anos, em todo o planeta.

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