Situação da saúde no Amazonas é crítica e exige a consciência de todos, afirma Wilson Lima

“A situação está complicada e a saúde do Estado está no limite! Estamos diante de uma catástrofe e o que está por vir é muito assustador, por isso, há necessidade que as pessoas fiquem em casa! não há outro caminho!”

A avaliação, em que defendeu o isolamento social, foi feita esta sexta-feira (17), pelo governador Wilson Lima. Em entrevista à Rede Tiradentes, o governador manifestou sua preocupação com o quadro da pandemia no Amazonas e falou sobre a intercorrência com o judiciário estadual sobre o contrato com a Universidade Nilton Lins para a utilização do hospital da instituição como apoio durante a crise sanitária imposta pela crise, mas reafirmou seu respeito e confiança na Justiça. Wilson Lima também reafirmou  que a missão de cuidar das vidas dos amazonenses é prioridade  na gestão dele.

“Toda estrutura é importante, nesse momento, para que o governo possa ampliar a sua capacidade de atendimento”, disse, “para poder ampliar a nossa estrutura e atender às pessoas”, acrescentando que toda a estrutura do hospital de Referência, Delphina Aziz, que ainda necessita da contratação de pessoal de saúde.

Segundo o governador, o contrato com a Nilton Lins, no valor de cerca de R$ 8 milhões, que engloba todas as atividades profissionais necessárias para o funcionamento de uma unidade de saúde, será assinado nas próximas horas e o hospital começa a receber pacientes já neste final de semana. Wilson Lima procurou justificar a decisão de Estado, ao confirmar que, imagens postadas nas redes sociais nessa quinta-feira (16), sobre 14 mortos nos corredores de um hospital público da cidade são reais, o que, segundo Wilson Lima, atestam a veracidade da situação, mas aproveitou para criticar a falta de consciência das pessoas que usam a internet para replicar fake news, num comportamento irresponsável e de incivilidade, num momento tão difícil para todos.

O governador Wilson lima aproveitou para informar que empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) têm procurado ajudar, neste momento de crise, e que o Estado já adquiriu respiradores nos Estados Unidos e na China e que os equipamentos – fundamentais no atendimento à população atingida, devem chegar ao Amazonas nos próximos dias, mas insistiu que as pessoas mantenham o isolamento social e só busquem atendimento na rede saúde quando absolutamente necessário.

 

Beneficência Portuguesa

Criticado nas redes sociais pela não contratação do Hospital da Beneficência Portuguesa para integrar a rede de saúde do Estado, nesse momento de dificuldades, o governador disse que está trabalhando ‘full time’ na questão da pandemia e que a unidade só não foi contratada porque, naquele momento, não teria apresentado a estrutura necessária para o atendimento aos alcançados pela Covid-19.

Apesar de admitir a existência de subnotificações das mortes pela pandemia no Amazonas, Wilson Lima rebateu afirmações de que o Estado estaria usando a Covid-19 como causa de todas as mortes, com o objetivo de barganhar recursos junto ao Governo Federal.

 

Aumento das restrições

Wilson Lima também anunciou a possibilidade de aumento das restrições, como forma de reduzir o avanço dos casos na capital e no Interior, e citou a cidade de Parintins como exemplo de município que vem conseguindo estancar os casos. “Estamos construindo uma proposta com os poderes, com o comércio para aumentar as restrições para que a gente possa reduzir essa tragédia, como obrigar o uso de máscaras, colocar regras mais rígidas nos estabelecimentos comerciais e evitar a circulação das pessoas, por exemplo.”

Wilson Lima aproveitou para criticar a estrutura sanitária preventiva na capital, como esgotos e saneamento, e a deficiência dos índices de atendimento na atenção básica de saúde, devido à falta de uma cultura entre moradores das comunidades, de cuidar da saúde. “Hoje eu ainda não tenho o vírus com tanta intensidade nas áreas periféricas, mas vai ser devastador quando tivermos o vírus circulando nas comunidades”, afirmou.

Finalizando, o governador voltou a defender o isolamento social como forma de diminuir o que classificou como tragédia. “É revoltante quando a gente vê pessoas que parece que a vida tá seguindo normal, como se nada estivesse acontecendo! Gente, estamos vivendo o maior desastre do mundo! Não há parâmetros, não há precedentes, não há protocolos, vacinas, remédios; ainda não há nada comprovado que possa diminuir os impactos da Covid-19, então é um negócio que a gente tem que se preocupar, SIM! E não há outro caminho pra gente quebrar essa cadeia de transmissão, a não ser o isolamento social!”

 

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