Sisma traz circo contemporâneo para internet

A artista  Lis Nobre adaptou seu mais novo solo, Sisma, para a linguagem virtual.

A performance de circo contemporâneo trata de maneira poética  questões como distância geográfica e abalos sísmicos, além de processos identitários vivenciados pela performer que cria e vive, atualmente, entre o Brasil e a Grécia.

A montagem conta com o apoio da Lei Aldir Blanc, através do Prêmio Feliciano Lana, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas e seria apresentada no Teatro Amazonas, mas devido a crise sanitária da Covid 19 foi adaptada para a internet.

Pedras, areia, rochas e cordas integram a cenografia e ajudam a artista a compor a performance que tem 60 minutos de duração.

Estreia em Maio no You Tube

A equipe intercultural une artistas do Brasil, França e Grécia na

colaboração do projeto que estreia nos próximos 15 e 16 de maio, no canal da artista Lis Nobre, no You Tube.

 Os horários são 16h (Manaus), 17h (São Paulo) e 23h

(Atenas). A cada dia, após a transmissão, haverá debate com a equipe de

criação e convidados.

O espetáculo é gratuito, contudo para assistir ao Sisma é preciso fazer um cadastro no Sympla. (https://www.sympla.com.br/sisma–estreia-online__1197022).

Lis saiu de Manaus há quase 20 anos para estudar circo, pois na cidade não havia formação na área, e desde então não parou mais de rodar o mundo. Sua trajetória, entretanto é marcada pelo retorno à cidade sempre com o intuito de manter suas relações artísticas e contribuir com a pesquisa em linguagens híbridas.

Em Sisma, a artista reuniu uma equipe intercultural, que une profissionais do Brasil, França e Grécia na colaboração do projeto. A estratégia foi essencial visto que o espetáculo também fala sobre essa vida em trânsito por hemisférios.

O diretor Xristo Kaouki vive na França e a dramaturga Juliana Pautilla no Brasil, entre São Paulo e Minas.

Após, ser contemplado no edital, Sisma foi possível integrar artistas manauaras como Yara Costa (colaboração artística) e Eliberto Barroncas (trilha sonora) ao projeto.

“A ideia de criação do espetáculo Sisma nasce de um encontro entre abalos sísmicos e rupturas identitárias. Nasce de uma cisma sobre ser quem se é, em trânsito por territórios diversos. Uma ideia que não sai da cabeça e que sempre retorna, um corpo em estado de turbulência e calmaria, uma ilha em constante deslocamento tectônico”, comenta a artista.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *