Segundo Romero, seu manager foi informado que Borrachinha havia tido um resultado positivo num exame fora de período de competição feito pela Agência Antidoping dos EUA (USADA, na sigla em inglês), responsável pelo controle de substâncias proibidas no UFC. No atual protocolo adotado pela USADA no UFC, as suspeitas de violação da política antidoping não são mais anunciadas até que a investigação e julgamento tenham sido encerrados.

– O problema é que, pelo que ouvi, o Paulo Costa, ele teve um exame positivo pela USADA. Foi o que aconteceu. O UFC ligou para meu manager e disse que Paulo Costa está fora porque foi positivo (num exame). Então agora temos um novo adversário, Jacaré Souza – disse Romero, em entrevista ao programa “Ariel Helwani’s MMA Show”.

Após o programa, em contato com Ariel Helwani, Romero disse não ter certeza sobre um possível doping de Paulo Borrachinha, e que não gostaria de acusar alguém antes que os fatos sejam noticiados.

Em contato com o Combate.com, Wallid Ismail, empresário do lutador, negou qualquer problema do lutador com doping, mas não comentou a mudança na luta ocorrida na quinta-feira passada. Antes da declaração pública de Romero, o lutador mineiro disse à revista “Tatame” que o boato de que teria sido pego pela USADA era falso.

– Eu sou o lutador brasileiro do UFC mais testado pela USADA, nunca caí no doping, e não foi dessa vez que caí. Não preciso de doping para ter os bons resultados que venho tendo e para ser apontado como a nova estrela brasileira no esporte, como eu sou. Não preciso dessas coisas – disse Borrachinha, que acrescentou que “em breve” poderá falar sobre a luta e que preferia “esperar o UFC falar o que aconteceu”.

Romero, que já teve um caso de doping na carreira, mas pegou apenas seis meses de suspensão ao comprovar que havia tomado um suplemento contaminado, mostrou empatia com o brasileiro e preferiu não julgá-lo.

– Eu me sinto mal por ele, se ele tomou ou não tomou, ele que sabe – disse o cubano.