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Weidman diz ter tido medo de ter a perna amputada após a cirurgia

Ainda se recuperando da cirurgia que fez na perna esquerda, fraturada após um chute defendido por Uriah Hall no UFC 261, no dia 24 de abril, Chris Weidman relatou, em um vídeo postado em suas redes sociais (veja abaixo, em inglês), que teve medo de que a sua perna fosse amputada, pois o fluxo sanguíneo por dentro do osso fraturado poderia não ser o adequado. O lutador relembrou outra cirurgia que fez, no dedo polegar, em que isso aconteceu, e foi necessário retirá-lo e substituí-lo por um osso retirado do quadril, para evitar a amputação.

Weidman fraturou a perna numa lesão idêntica a que Anderson Silva teve enfrentando o próprio Weidman.

Weidman fraturou a perna numa lesão idêntica a que Anderson Silva teve enfrentando o próprio Weidman.

– Fiquei muito assustado com essa dor porque estou pensando nos piores cenários. O pior deles é que o sangue não volte para o meu osso e não circule, o que significaria uma possível amputação. Isso aconteceu com meu polegar depois que lutei com Kelvin Gastelum. Fiz uma cirurgia em um ligamento que rompeu depois de dar um gancho de esquerda nele e, cerca de oito semanas após a cirurgia, eles perceberam que o sangue não estava voltando. Então, tiveram que retirar todo o meu osso e colocar um osso do quadril lá dentro, porque o do dedo estava se deteriorando e morrendo. Então, se isso acontecesse com minha tíbia ou minha fíbula, eu não sei qual seria a consequência. Amputação, prótese de perna, tudo isso me assusta. Estou rezando e tenho certeza de que não vai acontecer, mas é uma possibilidade. Falei com um médico sobre isso e ele me disse que a tíbia tem as piores porcentagens de cura pós-cirurgia. Não é uma porcentagem alta, cerca de cinco por cento, mas é preocupante.

Chris Weidman relata como está sendo a sua recuperação após a cirurgia na perna esquerda, fraturada no UFC 261 — Foto: Reprodução / Instagram

Chris Weidman relata como está sendo a sua recuperação após a cirurgia na perna esquerda, fraturada no UFC 261 — Foto: Reprodução / Instagram

Weidman também citou a pouca sensibilidade em partes do pé, o que o deixa assustado. Após 24 cirurgias durante a carreira de lutador, o americano garante que essa foi a mais brutal.

– Um outro problema é que tenho dormência na planta do pé e em alguns dedos. Está formigando como se eles estivessem meio anestesiados, como seu o nervo não estivesse funcionando perfeitamente. Isso também é um pouco assustador. Fiz 23 cirurgias, esta é a minha 24ª e é completamente diferente em muitos aspectos de tudo que já fiz. Operei o pescoço, as mãos e todas as partes do corpo que você poderia imaginar, mas essa isso foi muito brutal.

O ex-campeão dos pesos-médios do UFC descreveu o sofrimento pelo qual tem passado para fazer movimentos simples, como se levantar para ir ao banheiro.

– A dor de me levantar para ir ao banheiro ou qualquer coisa assim é muito forte. Quando eu tenho que ir ao banheiro, é preciso muita força de vontade e preparação mental para me levantar, porque assim que eu começo a ficar de pé – eu não fico em pé apoiado na perna, apenas nas muletas – o sangue começa a se acumular na minha canela e no meu pé e a dor é absurda.

O lutador, no entanto, explicou que os primeiros dias após a cirurgia foram os melhores que teve em todo o período, talvez por ainda estar sob efeito da anestesia e dos analgésicos que vem tomando – ele tem tentado evitar o medicamento “oxicodona”, que tem o dobro da potência da morfina, mas que causa efeitos colaterais mais fortes, como amnésia, convulsão, contrações musculares involuntárias e distúrbio da fala, entre outros.

– Achei que teria sido como outras cirurgias que fiz no passado, em que os primeiros três ou quatro dias são ruins e depois melhora. Mas os primeiros três ou quatro dias foram provavelmente os melhores dias que já tive. Talvez eu ainda estivesse sob efeito da anestesia e a inflamação pudesse estar ajudado com a dor porque – há quantos dias estou inconsciente? Oito dias depois da cirurgia ou algo assim – depois dos três ou quatro dias eu senti muita dor. Agora estou dormindo o dia todo. Eu estava tentando não tomar oxicodona, estava apenas tomando analgésicos. Mas eu poderia ter tomado oxicodona se realmente precisasse.

(Com informações do ge).

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