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Vítimas constantes de assaltos nos rios do Amazonas, pescadores cobram criação de delegacia fluvial

Os piratas dos rios, conhecidos no Amazonas como “barrigas-d’água, estão aterrorizando pescadores no Rio Solimões. Vítimas constantes de assaltos, os pescadores cobram à Secretaria da Segurança Pública (SSP-AM) a criação de uma delegacia fluvial atuante, para o conte à onda de crimes.

As vítimas mais frequentes são pescadores dos municípios de Manacapuru, Iranduba e Manaquiri, todos na Região Metropolitana de Manaus, que há anos tiram o sustento de suas famílias das águas do Solimões, e, com o crescimento das ações criminosas, acabaram se tornaram presa fácil dos ladrões, que agem a qualquer hora do dia ou da noite, roubando barcos, canoas, material de trabalho e tudo o que tem valor. O pescador Aldeni Massulo, por exemplo, teve a embarcação roubada no porto da Correnteza, em Manacapuru.

No fim de semana, outra embarcação, dessa vez no Iranduba, a 27 km de Manaus, foi levada pelos piratas. O crime aconteceu na orla da cidade, próximo ao frigorífico Friúba. Além do barco, os criminosos levaram todos os equipamentos de pesca.

A exemplo das centenas de pescadores da região do Solimões, Aldeni Massulo, que há 33 anos vive da pesca, defende a criação de uma delegacia fluvial, para solucionar os crimes já praticados e inibir a atuação dos piratas, cada vez mais ousados.

De acordo com dados da Federação dos Pescadores do Estado do Amazonas (Fepesca), a cada semana ocorrem, em média, 4 assaltos e roubos a embarcações na Microrregião de Manaus que engloba áreas dos municípios de Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru e Manaquiri.

O presidente da Fepesca, Walzenir Falcão, afirma que toda semana recebe denúncias de pescadores que tiveram embarcações e materiais de pesca levados por piratas. Segundo ele, a crescente onda de assaltos está preocupando os pescadores, que temem ser mortos pelos assaltantes.

Walzenir Falcão disse que, por meio da Fepesca, vai levar a proposta de criação de uma delegacia fluvial ao governador José Melo.  Na região do Baixo Amazonas, na divisa com o Estado do Pará, os pescadores também reclamam do aumento dos casos de roubo a embarcações. Nos municípios de Nhamundá, Parintins e Barreirinha, os assaltos têm afetado a atividade de barcos pesqueiros e de transporte de passageiros.

A falta de segurança enfrentada pelos donos de barcos na região do Baixo Amazonas já foi comunicada pela Fepesca à Capitania dos Portos do Amazonas.

 

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