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Vice-presidente defende investimento em hidrovias e portos na Amazônia

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, participa de debate promovido pelo governo brasileiro na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26).

Pessoas que vivem da floresta precisam entregar seus produtos

Representando o Conselho Nacional da Amazônia Legal, do qual é presidente, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, detalhou nessa quinta-feira (4) as ações que vêm sendo implementadas pelo governo na região amazônica. No debate, que foi transmitido de forma online para o estande do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), Mourão falou também sobre as perspectivas que têm para o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira.

Segundo Mourão, o conselho teve, como primeiro passo, a análise de vulnerabilidades da região para, em seguida, começar a ter tarefas de proteção, preservação e desenvolvimento desse espaço. “Costumo dizer que falar ‘desenvolvimento sustentável’ para a região amazônica é um pleonasmo porque não há como falar de desenvolvimento nessa região sem que ele seja sustentável”, disse o ministro.

Na avaliação dele, as ações estratégicas implementadas têm por objetivo “melhorar o combate a ilegalidades; melhorar o sistema de monitoramento; e buscar financiamento para projetos de desenvolvimento e para a bioeconomia; além de recuperar a capacidade operacional de órgãos de fiscalização”.

Para tanto, acrescentou Mourão, é necessário mapear as cadeias de valor “que podem ser devidamente exploradas”. Ainda segundo o general, são necessários investimentos na infraestrutura da região, de forma a melhorar hidrovias e portos “para que as pessoas que vivem da floresta tenham melhores condições de entregar seus produtos”.

Mourão citou ainda a necessidade de estabelecimento de um “vetor de financiamento” para a região. “Precisamos casar projetos que exploram a biodiversidade da floresta e pessoas com capacidade de investir. Para isso, é importante que [investidores] entendam que há, ali, retorno a seus investimentos”, disse.

“A Amazônia abre um leque de oportunidades enorme. O potencial do ecoturismo também é fantástico. O que precisa é melhorar a infraestrutura para receber esses turistas. Precisa haver mais divulgação. A vocação é total para o turismo, mas precisamos de mais estrutura hoteleira”, disse.

O vice-presidente apontou também, como perspectiva futura para a economia da região, a exportação de água a países que vivem crises pela falta desse recurso natural.

Monitoramento das florestas

Ao lado de Mourão, o ministro de Meio Ambiente, Joaquim Leite, defendeu o pagamento a profissionais do turismo e produtores da região por serviços de monitoramento.

“Fui em Bel Terras, na Região do Tapajós, e vi empreendedores pagando pelo serviço de proteção e monitoramento da floresta ao extrativista que lhe entrega produtos. Precisamos garantir a floresta preservada por quem já preserva a floresta. São as pessoas que vivem na Amazônia as que protegem a Amazônia”, disse Leite.

Segundo ele, em algumas regiões, guias turísticos têm a renda reforçada pela prestação de serviços ambientais por monitorarem a floresta. “Qualquer crime que ele enxergue, avisa os órgãos de controle, e recebem por isso. Precisamos remunerar quem cuida de árvore. O maior desafio é fazermos arranjos setoriais com o setor privado para fazer esse tipo de monitoramento.”

(com informações da EBC Agência Brasil).

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