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Vice da Uefa indica manutenção do Fair Play Financeiro e não descarta mudanças na Champions

Por GloboEsporte.com — Roma

A pandemia do coronavírus afetou o futebol de forma ímpar na história recente e forçou a Uefa a tomar medidas drásticas, como adiar em um ano a disputa da Eurocopa e mudar as datas das finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa. E a entidade está pronta até mesmo para alterar a forma de disputa dos torneios continentais entre clubes, de acordo com seu vice-presidente, Michele Uva.

O italiano, que está em isolamento em Roma, concedeu uma entrevista ao jornal “TuttoSport”, na qual tentou fazer projeções sobre a retomada das competições organizadas pela Uefa. E reiterou que a entidade fez questão de dar espaço para o fim das ligas ao redor do continente.

– Demos prioridade à conclusão dos campeonatos nacionais, obviamente com a integração das janelas para concluir as copas europeias. A comissão da Uefa com o ECA tem várias soluções sobre a mesa, para trabalhar em harmonia, mesmo com opções de datas excedentes. Todas as fórmulas são possíveis. Só teremos a resposta quando os campeonatos nacionais forem retomados. Não pensamos de forma egoísta, colocando as copas internacionais na primeira fila – disse.

Michele Uva é vice-presidente da Uefa — Foto: Getty ImagesMichele Uva é vice-presidente da Uefa — Foto: Getty Images

Michele Uva é vice-presidente da Uefa — Foto: Getty Images

Logo abaixo do presidente Aleksander Ceferin na linha de poder da Uefa, Michele Uva foi questionado se seria possível uma espécie de playoff mais curto com os times que restarem na Champions. E deixou claro a hipótese não está excluída.

– Não descartamos. Depende das datas que teremos disponíveis e dos cenários que serão criados. Adiamos oficialmente as finais da Champions e da Liga Europa, inicialmente marcadas para maio. O importante é conseguir dar os troféus. A discussão está aberta sobre a fórmula.

O italiano indicou que a realização da Eurocopa em 2021 pode trazer o sentimento de deixar o continente “ainda mais forte” e apontou que a novas datas da Eurocopa feminina e a Euro sub-21 dependerão da definição das Olimpíadas de Tóquio, que ainda não têm nova data.

Uva indicou que o sacrifício financeiro feito pela Uefa foi “em benefício ao sistema europeu de futebol”, dentro das reservas de defesa financeira da entidade. E deixou claro que a confederação pode até modificar, mas não desativará o Fair Play Financeiro por conta da provável crise econômica mundial.

– Uma coisa é certa: o Fair Play Financeiro e os sistemas de controle estarão lá e não serão congelados. Não serão cancelados, mesmo que possam ser adotadas soluções para lidar com o tsunami que varreu o mundo e, portanto, também o futebol.

Presença de público gradual

O dirigente ainda comentou a fala do prefeito de Bérgamo, que apontou que o duelo entre Atalanta e Valencia, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, foi “uma bomba biológica”, indicando que os especialistas indicam não haver evidências da contribuição para o contágio.

Entretanto, Michele Uva pontuou que os dirigentes devem ter cuidado com o retorno das partidas, que devem atrair os fãs ainda mais. E, por isso, a presença precisa ser gradual.

– Autoridades políticas e esportivas decidirão sobre isso. Acredito que a recuperação gradual é a mais provável no momento. Quando começarmos, as pessoas terão um forte desejo por futebol e esporte. Portanto, teremos que ter cuidado para encher estádios. Obviamente, isso só será necessário quando estivermos em total segurança. A presença nos estádios será recorde.

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