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UFC perde sete campeões em 2015, mas isso é bom?

Seja dentro ou fora do octógono, ex-invictos como José Aldo e Ronda Rousey perderam seus reinados. O técnico Luiz Dórea não vê um lado bom em rotatividade tão grande

José Aldo, superado por Conor McGregor, foi o último dos grandes ídolos a perder o título no UFC
Christian Petersen/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

José Aldo, superado por Conor McGregor, foi o último dos grandes ídolos a perder o título no UFC

Mesmo com um card marcado para este sábado, em que Rafael dos Anjos enfrenta Donald Cerrone em sua primeira defesa do cinturão dos leves, pode-se dizer que o ano do UFC foi marcado por grandes surpresas. Dentro do octógono, ídolos como Ronda Rousey e José Aldo foram superados e perderam seus títulos, além de Jon Jones, que deixou de ser o campeão dos meio-pesados após ser punido por má conduta.

Mas até que ponto a queda de grandes ídolos do MMA é bom para a organização? De acordo com Luiz Dórea, treinador de altetas do Ultimate como Junior Cigano, Anderson Silva, Rogério Minotouro e Eric Parrudo, e ex-atletas como Rodrigo Minotauro, quando os grandes campeões perdem, quem perde é o próprio UFC.

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“Perder não é bom para ninguém e quando o ídolo perde, todos sentem muito. Acredito que permanecer por mais tempo é melhor para o UFC. Os ídolos vendem muito mais e o próprio UFC investe muito na imagem dos atletas”, afirmou Dórea ao iG Esporte.

O ex-treinador do baiano Popó, quatro vezes mundial de boxe, ressaltou que apesar da troca fazer parte do esporte, alguns atletas de alto nível têm chances de ficar no topo por tempo indeterminado.

“A renovação faz parte do esporte, mas muitos atletas têm um ótimo nível, e podem continuar com o título por muito mais tempo”, disse.

Ele, porém, afirmou que as trocas ocorridas no UFC  em 2015, que viu surgir sete novos campeões entre as dez categorias existentes, fez o esporte aumentar sua popularidade.

“O UFC é o maior evento do mundo de artes marciais. Este ano tivemos grandes eventos, com excelentes ‘cards’ e tivemos muitas surpresas. Isso é o que faz o MMA ser essa paixão mundial”, analisou o técnico.

Luiz Dórea ao lado de seu ex-aluno, Rodrigo Minotauro
Reprodução/Instagram

Luiz Dórea ao lado de seu ex-aluno, Rodrigo Minotauro

Entre as sete trocas de cinturões, uma das mais marcantes foi a derrota de José Aldo para Conor McGregor no último fim de semana e a perda do título dos penas após sete defesas no Ultimate e duas no WEC (evento em que ele ganhou o título). Dórea, porém, acredita que o manauara pode voltar ao topo em 2016.

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“Daqueles que perderam este ano, acho que o José Aldo tem totais condições de recuperar o cinturão. Além dele, acredito muito que Junior Cigano e Anderson Silva podem também recuperar os cinturões de suas respectivas categorias”, opinou.

“Anderson voltará em 2016 em alto nível, porque ele continua sendo um dos maiores lutadores de MMA de todos os tempos”, finalizou.

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