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Triple-C, Jesus do Gueto, Amanda GOAT e os 19 momentos que marcaram 2019 no MMA

Por Combate.com — Rio de Janeiro

Em um ano com muitas mudanças de cinturão, o Combate.com listou os principais momentos do MMA em 2019. Teve Amanda Nunes se consolidando como a maior de todos os tempos, Henry Cejudo colecionando títulos e até mesmo a volta de um Gracie saindo vitorioso dentro do octógono. Confira abaixo a lista do que mais marcou nestes 12 meses:

A ascensão de “Triple-C”

Henry Cejudo: campeão olímpico de wrestling e campeão de duas categorias de peso no UFC em 2019 — Foto: Getty ImagesHenry Cejudo: campeão olímpico de wrestling e campeão de duas categorias de peso no UFC em 2019 — Foto: Getty Images

Henry Cejudo: campeão olímpico de wrestling e campeão de duas categorias de peso no UFC em 2019 — Foto: Getty Images

O panteão de lendas do UFC ganhou um novo personagem em 2019: Henry Cejudo, o “Triple-C”. Tudo começou em janeiro, logo no primeiro evento do ano, o UFC Brooklyn, no qual Cejudo defendeu seu recém-conquistado cinturão do peso-mosca (até 56,7kg) contra TJ Dillashaw, então campeão dos galos (até 61,2kg), que descia de categoria para tentar se tornar mais um campeão de duas categorias e, em suas próprias palavras, “matar a divisão dos moscas”.

A ameaça durou apenas 32 segundos. Foi o tempo que Cejudo precisou para nocautear Dillashaw, que visivelmente havia sofrido com o corte de peso para a divisão de baixo. A vitória salvou a divisão dos moscas, mas Cejudo já tinha os olhos no cinturão dos galos. Ele aproveitou a revolta de TJ com a interrupção do árbitro para dizer que concederia a revanche, mas que teria de ser na categoria de cima.

Dillashaw seria flagrado em exame antidoping pouco depois, e Cejudo acabaria enfrentando o brasileiro Marlon Moraes pelo cinturão vago dos galos, no UFC 238, em junho. O americano chegou à luta com os tornozelos lesionados – e a região foi ainda mais machucada pelos chutes baixos de Marlon no início da luta. No entanto, o “Mensageiro” provou mais uma vez seu coração de campeão, reagiu a partir do segundo round e dominou a luta até obter o triunfo por nocaute técnico no terceiro round.

O próprio Cejudo cunhou seu novo apelido ao receber seu segundo cinturão: Triple-C, representando o fato de não só ser campeão de duas categorias do UFC, mas também campeão olímpico de wrestling. O americano abriria mão do cinturão dos moscas antes da virada para 2020, mas o feito, aliado a uma propensão à teatralidade nas entrevistas e provocações, o alavancaram como um dos principais personagens do universo do Ultimate em 2019.

O “Jesus do Gueto” reescreve sua história em 5 segundos

Jorge Masvidal se tornou um superastro do UFC em 2019 — Foto: Getty ImagesJorge Masvidal se tornou um superastro do UFC em 2019 — Foto: Getty Images

Jorge Masvidal se tornou um superastro do UFC em 2019 — Foto: Getty Images

Antes de 2019, Jorge Masvidal era um lutador reconhecidamente duro, mas que parecia sempre estar do lado errado em decisões divididas dos juízes. O americano de raízes cubanas era um “herói cult” dos fãs mais hardcore do esporte, que lembravam dele dos vídeos de brigas de rua estrelados por Kimbo Slice, mas nada mais do que isso.

Ele começou a reescrever esta história ainda em março, quando fez a luta principal do UFC Londres. “Gamebred” chegou à capital inglesa para servir de degrau para o inglês Darren Till, lutando em casa, se recuperar de uma derrota na disputa do cinturão. Masvidal, entretanto, surpreendeu e nocauteou o “Gorila” de forma inapelável no segundo round. Ele ganhou ainda mais mídia após interromper uma entrevista à TV americana nos bastidores para tirar satisfação com outro lutador britânico, Leon Edwards, que o provocava. O americano chegou com as mãos para trás, mas acertou o rival com três golpes, que apelidaria mais tarde de “three piece and a soda” (“três coxinhas e um refrigerante”).

Melhores Momentos de Jorge Masvidal x Ben Askren no UFC 239 em 06/07/2019

Melhores Momentos de Jorge Masvidal x Ben Askren no UFC 239 em 06/07/2019

Mas o “pulo do gato” veio em julho, quando Masvidal encarou Ben Askren, ex-campeão do Bellator e ONE que chegou ao UFC com pompa de invicto. Um dos maiores provocadores do MMA, Askren passou meses zombando do adversário. Masvidal respondeu com o nocaute mais chocante do ano: começou a luta novamente com as mãos para trás, de súbito disparou na direção do rival e soltou uma joelhada voadora, que acertou em cheio. Askren caiu duro, e Masvidal ainda deu três socos “super necessários” no adversário indefeso até o árbitro encerrar a luta. Tudo isso levou apenas cinco segundos, novo recorde de nocaute mais rápido da história do UFC.

Neste momento, “Gamebred” virou “Jesus do Gueto”, ou “Jesus das Ruas”, devido ao seu passado de briga na rua e ao seu visual barbudo e cabeludo. Masvidal virou um astro instantâneo, e logo estava sendo desafiado por Nate Diaz para disputar o título de “maior casca-grossa” do MMA em pleno Madison Square Garden. O astro de cinema Dwayne “The Rock” Johnson compareceu à luta a seu pedido para lhe entregar o cinturão.

A Leoa firma seu argumento como GOAT

Amanda Nunes nocauteou Holly Holm no UFC 239 — Foto: ReutersAmanda Nunes nocauteou Holly Holm no UFC 239 — Foto: Reuters

Amanda Nunes nocauteou Holly Holm no UFC 239 — Foto: Reuters

GOAT, em inglês, é uma gíria/sigla usada para denominar o Greatest of All Time, ou Melhor de Todos os Tempos. Entre os homens, a discussão sobre quem esse GOAT seria costuma girar ao redor de Anderson Silva, Fedor Emelianenko, Georges St-Pierre e Jon Jones, entre outros. Entre as mulheres, após 2019, não sobrou espaço para discussão: é Amanda Nunes.

A Leoa baiana, que terminou 2018 como a primeira mulher a conquistar cinturões em duas categorias diferentes, defendeu o título dos pesos-galos duas vezes no ano que passou, ambas com performances arrasadoras. Primeiro, nocauteou Holly Holm no primeiro round com a arma favorita da adversária, o chute alto na cabeça. No processo, derrubou a última ex-campeã das categorias peso-galo e peso-pena que ainda não havia vencido. Depois, em dezembro, venceu pela segunda vez Germaine de Randamie e quebrou o recorde feminino de vitórias em lutas valendo cinturão no UFC (sete).

Anderson Silva passa o bastão a Israel Adesanya

Israel Adesanya (esq.) se emocionou na luta contra o ídolo Anderson Silva em fevereiro — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC / Getty ImagesIsrael Adesanya (esq.) se emocionou na luta contra o ídolo Anderson Silva em fevereiro — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC / Getty Images

Israel Adesanya (esq.) se emocionou na luta contra o ídolo Anderson Silva em fevereiro — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC / Getty Images

Spider sempre falou em enfrentar seu clone. Em fevereiro, ele fez o mais próximo disso que poderia chegar no UFC: encarou o nigeriano Israel Adesanya, um kickboxer que cresceu idolatrando o ex-campeão dos médios e copiou muitos de seus golpes. E pareceu mesmo que Anderson se via no espelho dentro do octógono: os dois lutadores abusaram das fintas, golpes plásticos e provocações durante a luta no UFC 234, na Austrália.

Mesmo aos 43 anos de idade, Silva fez bonito contra um adversário 13 anos mais jovem que ele, e terminou derrotado por decisão unânime dos juízes. Os dois se abraçaram ao final do confronto; Adesanya chorou e agradeceu a oportunidade de enfrentar o ídolo. Para muitos, foi a passagem do bastão do homem que dominou o peso-médio por mais de sete anos ao homem que, meses depois, se sagraria o novo campeão da categoria.

Jéssica Bate-Estaca ao pé da letra

Jessica Bate-Estaca comemora após nocautear Rose Namajunas e conquistar o cinturão no UFC 237 — Foto: André DurãoJessica Bate-Estaca comemora após nocautear Rose Namajunas e conquistar o cinturão no UFC 237 — Foto: André Durão

Jessica Bate-Estaca comemora após nocautear Rose Namajunas e conquistar o cinturão no UFC 237 — Foto: André Durão

Jéssica Andrade produziu dois dos momentos mais icônicos do ano. Em maio, a lutadora brasileira bancou a anfitriã para sua adversária no UFC Rio, a então campeã peso-palha Rose Namajunas. Na pesagem cerimonial, na véspera da luta, Andrade quebrou a “cara de mau” de “Thug Rose” na hora da encarada ao presenteá-la com uma rosa, significado de seu nome em inglês.

Ela não apresentou a mesma cortesia na hora da luta. Namajunas dominou o primeiro round, mas Jéssica não parou de andar para frente e buscar a queda. A americana respondeu atacando numa chave de braço, e a brasileira apelou para a técnica que virou seu apelido no MMA: o Bate-Estaca. Andrade jogou a adversária de cabeça no chão, num nocaute assustador, mas que lhe rendeu o cinturão do peso-palha e fez até o narrador Rhoodes Lima se emocionar.

Rhoodes emocionado com a vitória da Jessica Bate-estaca

Rhoodes emocionado com a vitória da Jessica Bate-estaca

Ásia e África entram no mapa dos campeões do UFC

Weili Zhang bateu Jéssica Bate-Estaca no UFC Shenzhen e se tornou a primeira chinesa campeã do Ultimate — Foto: Getty ImagesWeili Zhang bateu Jéssica Bate-Estaca no UFC Shenzhen e se tornou a primeira chinesa campeã do Ultimate — Foto: Getty Images

Weili Zhang bateu Jéssica Bate-Estaca no UFC Shenzhen e se tornou a primeira chinesa campeã do Ultimate — Foto: Getty Images

Infelizmente para o Brasil, o reinado de Jéssica no peso-palha não durou muito. Cerca de três meses depois, a brasileira fez o mesmo que Rose e foi à casa de sua desafiante, na China, para defender o cinturão. A adversária em questão era Weili Zhang, que só precisou de 42 segundos para nocautear Andrade e se tornar a primeira chinesa a conquistar um cinturão divisional do UFC.

2019, aliás, foi o ano em que a lista de campeões do Ultimate realmente se tornou global. O peso-meio-médio nigeriano Kamaru Usman se tornou o primeiro africano a levar a cinta ao superar Tyron Woodley no UFC 235, em março, e seu compatriota Israel Adesanya foi o segundo, ao se tornar campeão interino dos médios em abril e linear em outubro. Atualmente, os cinturões do UFC estão distribuídos entre EUA (Henry Cejudo, galo masculino; Jon Jones, meio-pesado; e Stipe Miocic, pesado), Brasil (Amanda Nunes, galo e pena femininos), Nigéria (Usman e Adesanya), Rússia (Khabib Nurmagomedov, leve), Austrália (Alex Volkanovski, pena masculino), China (Zhang) e Quirguistão (Valentina Shevchenko, mosca feminino).

A entrada triunfal de Israel Adesanya

Com dança coreografada, Israel Adesanya faz sua entrada no UFC 243

Com dança coreografada, Israel Adesanya faz sua entrada no UFC 243

Adesanya merece um capítulo à parte. Em outubro, ele fez a luta de unificação dos cinturões dos médios contra o campeão linear Robert Whittaker no UFC 243 e deu show – dentro e fora do octógono. Sua entrada no Marvel Stadium teve dança coreografada com outros três colegas, com direito a estrela e tudo. No cage, o nigeriano tirou Whittaker para nada e o nocauteou no segundo round para se tornar campeão menos de dois anos depois de estrear no UFC.

Seu primeiro desafio pode ser o brasileiro Paulo Borrachinha, com quem criou uma intensa rivalidade, com direito a gestos obscenos após sua vitória sobre Whittaker. Borrachinha venceu Yoel Romero por decisão em agosto para assegurar o posto de desafiante número 1, e se recupera de duas cirurgias no braço feitas no segundo semestre.

Um Gracie vence no UFC, 24 anos depois

Kron Gracie pega as costas de Alex Caceres e trabalha em busca do mata-leão no UFC Phoenix — Foto: Getty ImagesKron Gracie pega as costas de Alex Caceres e trabalha em busca do mata-leão no UFC Phoenix — Foto: Getty Images

Kron Gracie pega as costas de Alex Caceres e trabalha em busca do mata-leão no UFC Phoenix — Foto: Getty Images

O nome Gracie sempre estará associado ao UFC; afinal, Rorion Gracie foi um dos fundadores da companhia, e Royce Gracie foi a primeira lenda do evento, com três títulos. Contudo, a família não teve mais sucessos dentro do octógono desde que Royce venceu o UFC 4, em 1995, e saiu da franquia uma edição depois.

Isso mudou este ano, com a chegada de Kron Gracie, filho do lendário Rickson. Após fazer carreira no jiu-jítsu e lutar MMA no Japão como o pai, “Ice Cream” estreou no UFC em fevereiro, em Phoenix. Logo em sua primeira luta, encerrou o jejum de 24 anos ao finalizar Alex Caceres no primeiro round com um mata-leão – mesma técnica usada pelo tio Royce para vencer o primeiro UFC.

O sacrifício de Thiago Marreta

Thiago Marreta (esq.) golpeia Jon Jones na luta principal do UFC 239 — Foto: Getty ImagesThiago Marreta (esq.) golpeia Jon Jones na luta principal do UFC 239 — Foto: Getty Images

Thiago Marreta (esq.) golpeia Jon Jones na luta principal do UFC 239 — Foto: Getty Images

Costuma-se dizer que o Brasil só gosta de campeões. Thiago “Marreta” Santos provou que não é preciso ser o dono do cinturão para ser campeão aos olhos do povo. O lutador carioca chegou ao UFC 239 com uma tarefa hercúlea: derrotar Jon Jones, campeão dos meio-pesados e virtualmente invicto na carreira. Marreta não venceu, mas chegou mais perto do que qualquer outro desafiante de “Bones”: um dos três juízes que julgaram a luta lhe deu a vitória por pontos, e Jones acabou vencendo por decisão dividida.

Mas o que tornou Marreta num herói nacional foi a forma como lutou, especialmente após o segundo round, quando lesionou o ligamento do joelho esquerdo. Valente, o carioca não parou de atacar o campeão, nem mesmo de chutar com a perna ruim. No processo, lesionou também o joelho direito. Ele deixou a arena de cadeira de rodas, passou por cirurgia na semana seguinte e vai passar no mínimo oito meses parado.

Quem tem medo de lutar no Brasil? Ninguém

Jan Blachowicz (esq.) derrotou Ronaldo Jacaré na luta principal do UFC São Paulo — Foto: Marcos RibolliJan Blachowicz (esq.) derrotou Ronaldo Jacaré na luta principal do UFC São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Jan Blachowicz (esq.) derrotou Ronaldo Jacaré na luta principal do UFC São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Em 2019, a famosa vantagem de lutar em casa praticamente desapareceu para os brasileiros. Se historicamente os lutadores canarinhos venciam 63,6% das lutas disputadas em território nacional, este ano os gringos lutaram de igual para igual com os donos da casa, e saíram com 50% das vitórias nos três eventos disputados no país (UFC Fortaleza, UFC Rio e UFC São Paulo). Foram 12 vitórias brasileiras, 12 estrangeiras e um empate. Isso contribuiu para que o Brasil tivesse seu primeiro ano negativo no UFC desde 2010, com 68 vitórias, 79 derrotas e dois empates.

O fim da era Cyborg no UFC

Dana White (esq.) e Cris Cyborg não se entenderam e romperam laços em 2019 — Foto: Evelyn Rodrigues e Getty ImagesDana White (esq.) e Cris Cyborg não se entenderam e romperam laços em 2019 — Foto: Evelyn Rodrigues e Getty Images

Dana White (esq.) e Cris Cyborg não se entenderam e romperam laços em 2019 — Foto: Evelyn Rodrigues e Getty Images

Um desfalque grande para o Esquadrão Brasileiro no UFC foi a saída de Cris “Cyborg” Justino da companhia. A ex-campeã dos penas rompeu com o Ultimate após anos de uma relação bastante conturbada, agravada desde sua derrota para Amanda Nunes em 2018. Cyborg pediu uma revanche imediata, que o UFC não deu; quando o Ultimate ofereceu a revanche, a brasileira preferiu fazer sua última luta no contrato contra outra oponente e testar o mercado.

Dana White, presidente do UFC, acusou Cyborg de não querer enfrentar Amanda, o que irritou a brasileira. Após vencer Felicia Spencer em julho, Cris voltou a pedir pela revanche, mas vazou um vídeo de uma conversa de bastidores com Dana com legendas que insinuavam que o dirigente mentia em público. Isso irritou o chefão, que a liberou do período de negociação exclusiva com o Ultimate sumariamente. Cyborg assinou com o Bellator, principal concorrente do UFC, e vai disputar o cinturão dos penas da companhia em 2020.

Patricio Pitbull, Bader e Horiguchi, os “champ-champs” do Bellator

Patrício Pitbull (centro) posa com os dois cinturões entre companheiros de equipe — Foto: DivulgaçãoPatrício Pitbull (centro) posa com os dois cinturões entre companheiros de equipe — Foto: Divulgação

Patrício Pitbull (centro) posa com os dois cinturões entre companheiros de equipe — Foto: Divulgação

Falando em Bellator, a companhia americana de MMA esbanjou criatividade em sua tentativa de injetar emoção e curiosidade em seus eventos. Em janeiro, o evento realizou a final do GP dos pesos-pesados, e o americano Ryan Bader nocauteou a lenda Fedor Emelianenko para se tornar o primeiro “champ-champ” da franquia (já era campeão peso-meio-pesado). Em maio, foi a vez de Patrício Pitbull se tornar campeão de duas categorias, ao nocautear Michael Chandler para ficar com a cinta tanto dos penas quanto dos leves.

O Bellator também estreitou sua relação com o Rizin Fighting Federation, do Japão, e co-promoveu eventos com os japoneses. Como parte da parceria, Darrion Caldwell, campeão peso-galo nos EUA, fez duas lutas contra Kyoji Horiguchi, campeão da categoria no Japão. Horiguchi venceu as duas lutas – a primeira ainda em 2018, em Saitama, e a segunda em Nova York. Com isso, se tornou mais um “champ-champ”, mas na mesma categoria: apenas em dois eventos diferentes.

Douglas Lima fatura US$ 1 milhão de 50 Cent

Douglas Lima conquista o cinturão dos meio-médios do Bellator e o prêmio de US$ 1 milhão — Foto: divulgação/BellatorDouglas Lima conquista o cinturão dos meio-médios do Bellator e o prêmio de US$ 1 milhão — Foto: divulgação/Bellator

Douglas Lima conquista o cinturão dos meio-médios do Bellator e o prêmio de US$ 1 milhão — Foto: divulgação/Bellator

Outra iniciativa do Bellator em 2019 foram os GPs. Inspirados no sucesso do GP dos pesados em 2018, a companhia lançou torneios no peso-meio-médio e no peso-pena. Para o primeiro, descolou o patrocínio do rapper, ator e empresário Curtis Jackson, mais conhecido como 50 Cent, que desembolsou US$ 1 milhão para o vencedor. E o campeão foi o brasileiro Douglas Lima, que em 2019 despachou o até então invicto Michael Page e conseguiu sua revanche contra Rory MacDonald para retomar o cinturão dos meio-médios e embolsar a bolada.

Valentina arranca a cabeça de Jessica Eye

Valentina Shevchenko nocauteia Jessica Eye, no UFC 238 — Foto: Getty ImagesValentina Shevchenko nocauteia Jessica Eye, no UFC 238 — Foto: Getty Images

Valentina Shevchenko nocauteia Jessica Eye, no UFC 238 — Foto: Getty Images

Na sua primeira defesa do cinturão dos pesos-mosca feminino do UFC, Valentina Shevchenko enfrentou Jessica Eye, na co-luta principal do UFC 238, no dia 8 de junho, e chocou o mundo com um nocautaço no início do segundo round.

O chute de Valentina na cabeça de Jessica Eye foi tão violento, que a própria campeã peso-mosca admitiu ter ficado preocupada com a forma como a americana desabou no octógono. Definitivamente, um dos nocautes mais espetaculares do MMA no ano.

Colby Covington paga pela boca

Kamaru Usman nocauteia Colby Covington, no UFC 245 — Foto: Jeff Bottari/Getty ImagesKamaru Usman nocauteia Colby Covington, no UFC 245 — Foto: Jeff Bottari/Getty Images

Kamaru Usman nocauteia Colby Covington, no UFC 245 — Foto: Jeff Bottari/Getty Images

Protagonistas de uma das rivalidades mais marcantes do MMA atual, Kamaru Usman e Colby Covington fizeram a luta principal do UFC 245, no último dia 14 de dezembro, em Las Vegas. Durante meses, os meio-médios se provocaram, mas o americano, claro, passou bastante dos limites.

Mas, diferente dos confrontos contra os brasileiros, quando saiu vitorioso do octógono, dessa vez, Colby Covington pagou caro pelo trash talk feito contra o Pesadelo Nigeriano. O americano acabou nocauteado no início do quinto round e ainda voltou para casa com a mandíbula quebrada, tamanha a violência dos golpes de Usman ao longo do confronto.

O Furacão passa pelo Octógono

Jairzinho Rozenstruik, UFC Greenville — Foto: Josh Hedges/Getty ImagesJairzinho Rozenstruik, UFC Greenville — Foto: Josh Hedges/Getty Images

Jairzinho Rozenstruik, UFC Greenville — Foto: Josh Hedges/Getty Images

Certamente, 2019 ficará marcado como o ano do surgimento e ascensão de Jairzinho Rozenstruik no MMA mundial. Em quatro lutas no UFC, o peso-pesado do Suriname destruiu seus adversários com nocautes chocantes.

Em fevereiro, estreou nocauteando o brasileiro Junior “Baby” Albini no início do segundo round. Na sequência, em apenas nove segundos, nocauteou Allen Crowder. No segundo semestre, em 29 segundos nocauteou o ex-campeão peso-pesado Andrei Arlovski.

Um mês depois, Jairzinho teve mais trabalho contra Alistair Overeem, mas o final foi o mesmo. Faltando quatro segundos para o fim da luta, o surinamês nocauteou o holandês, que saiu do octógono com o lábio dilacerado e precisou passar por uma cirurgia para reconstrução labial.

Miocic dá o troco em Cormier

Stipe Miocic nocauteia Daniel Cormier, no UFC 241 — Foto: Josh Hedges/Getty ImagesStipe Miocic nocauteia Daniel Cormier, no UFC 241 — Foto: Josh Hedges/Getty Images

Stipe Miocic nocauteia Daniel Cormier, no UFC 241 — Foto: Josh Hedges/Getty Images

Um ano depois de perder o cinturão peso-pesado, Stipe Miocic teve a chance de recuperar o título diante de Daniel Cormier. Em um duelo emocionante de quatro rounds, na luta principal do UFC 241, o ex-campeão conseguiu o nocaute aos 4m09s e voltou para casa com o cinturão. Grande revanche de Miocic!

Troca de camisas no octógono

Khabib Nurmagomedov Dustin Poirier UFC 242 — Foto: Getty ImagesKhabib Nurmagomedov Dustin Poirier UFC 242 — Foto: Getty Images

Khabib Nurmagomedov Dustin Poirier UFC 242 — Foto: Getty Images

Recentemente, Khabib Nurmagomedov falou em uma entrevista sobre como encara seus rivais no octógono. O russo garantiu que apenas contra um adversário levou o combate para o lado pessoal. Obviamente, estamos falando de Conor McGregor.

E, pelo menos, contra Dustir Poirier, o russo mostrou que, realmente, o que acontece no octógono, fica no octógono. Em luta valendo a unificação do cinturão peso-leve, Nurmagomedov finalizou o americano no terceiro round e deu grande demonstração de respeito quando trocou de camisa com o adversário após o duelo.

No peso de cima, o buraco é mais embaixo

Jan Blachowicz venceu Ronaldo Jacaré, no UFC São Paulo — Foto: Marcos RibolliJan Blachowicz venceu Ronaldo Jacaré, no UFC São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Jan Blachowicz venceu Ronaldo Jacaré, no UFC São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Ex-campeões da divisão dos médios do UFC, Luke Rockhold e Chris Weidman buscaram reencontrar o caminho da glória nos meio-pesados da organização. Mas, a categoria até 93kg se mostrou muito hostil para os americanos.

Luke Rockhold acabou nocauteado por Jan Blachowicz no segundo round, em julho, e Chris Weidman também foi nocauteado, mas contra Dominick Reyes, no primeiro round, em outubro.

Ronaldo Jacaré esteve muito perto de ser campeão peso-médio, mas resolveu, no UFC São Paulo, em novembro, se experimentar na divisão de cima, contra Jan Blachowicz. O brasileiro não foi nocauteado como os americanos, mas também saiu derrotado do octógono. Vitória do polonês por decisão dividida.

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