Líder da American Top Team, Conan Silveira afirma que tem uma relação de pai e filha com a baiana, que venceu Cris Cyborg no sábado e faturou o título do peso-pena do UFC
Por Adriano Albuquerque, Ana Hissa e Evelyn Rodrigues — Los Angeles, EUA
Um dos fundadores da academia American Top Team, Conan Silveira viu – e vivenciou – o surgimento de vários campeões da equipe, uma das maiores do mundo. Entretanto, no último sábado, no UFC 232, o brasileiro celebrou a vitória de Amanda Nunes, campeã do peso-galo, que nocauteou Cris Cyborg no primeiro round e conquistou um inédito segundo cinturão, o da categoria pena.
Em entrevista ao Combate.com, Conan enalteceu a relação com a “Leoa dos Ringues”, responsável por desbancar uma adversária que havia perdido apenas uma vez na carreira, em 2005.
Anderson França e Conan Silveira, nas pontas, comemoram com Amanda Nunes — Foto: reprodução/Instagram
– Estou super orgulhoso. A gente tem uma relação mais do que treinador e lutador, é pai e filha, um participa da vida do outro. Isso faz dessa conquista indescritível. Eu não tenho como explicar. Chocar o mundo é isso, não só ganhar, mas como você ganha. E foi o que aconteceu. Ela cada vez mais evolui, amadurece, a prova está nas lutas que vocês têm visto, desde o começo quando ela ganhou o cinturão.
Amanda Nunes precisou de apenas 51 segundos para destronar a lutadora apontada como a maior da história do MMA. A rapidez, porém, não deixou Conan Silveira surpreso.
– A estratégia é sempre baseada nas características da oponente, mas um lutador profissional de MMA, hoje em dia, tem que ter habiliade de se ajustar na luta com as aberturas. A Cyborg cometeu o erro de entrar na trocação com a Amanda. A Amanda é boa, tem o cáculo perfeito, sabe onde acertar. Foi o que aconteceu. Eu não sabia que ia ser tão rápido assim, mas não me causa tanta surpresa porque ela fez isso com a Ronda Rousey. Quando você está nesse nível e é uma lutadora completa, tudo pode acontecer.
Anderson França, que apurou a trocação de Amanda Nunes acredita que o ímpeto ofensivo de Cyborg ajudou a baiana a encontrar o momento exato para nocautear.
– Eu estava torcendo para a Cris Cyborg ir para a briga, porque ia dar mais brechas para a gente. A Cris tem poder fantástico de nocaue, mas a Amanda tem a mão pesada. Jogamos no erro da Cris. Ela acertou, veio na fome de acabar com a luta e achavamos qu seria a hora certa de a Amanda conectar. A Cris estava respeitando, mas é dela ser aquela atleta aguerrida. Quando conectou, achou que poderia definir a luta. Fico um pouco surpreso, acahava que a Cris seria mias inteligente. Estava torcendo para ela ir pra briga, perdesse a razão. Foi ótimo pra gente, porque a Amanda é extremamente perigosa também.