Em dez anos, pelos menos seis milhões de usuários pagantes resolveram aderir a outras opções de modal. O número caiu de 17 milhões para 11 milhões de passageiros por mês. A revelação foi feita na manhã desta segunda-feira (26), pelo novo diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Manoel Paiva.
“Quem alimenta o sistema são as pessoas que pagam o sistema. O serviço de transporte convencional urbano fez com que aqueles usuários constantes se afastassem desse modal. Ou seja, as pessoas sentem necessidade de chegar num emprego, no seu trabalho, na sua diversão dentro de um grau de confiabilidade, e elas não tem. Não oferecia conforto, não oferecia segurança para o usuário e esse usuário começou a migrar para outro serviço: Uber, lotação, o Executivo, o Alternativo, o transporte individual, a facilidade de conseguir o próprio carro. De 65% da população de dois milhões de habitantes, apenas dois por cento utilizam o ônibus para se deslocar ”, explica Paiva.
Intervenção no transporte público
Em julho deste ano, o prefeito Arthur Neto decretou intervenção nas concessionárias que exploram o transporte público de Manaus. A medida ocorreu após uma série de visitas realizadas em empresas que operam o sistema na capital e que apontam precariedade nos serviços.
“Nós estamos num estado crítico, por isso que o prefeito decretou essa intervenção. Nesse quase um mês, nós conseguimos suspender uma greve do pessoal da operação. Impedimos a demissão dos cobradores, ninguém vai ser demitido! Nós conseguimos pagar prioritariamente todo o pessoal de operação, seja o seu salário e seus encargos sociais. Nós conseguimos fazer com que o prefeito, fizesse uma nova estruturação no órgão de gerência e ele me convocou. Desde o meu primeiro dia, tem um grupo de trabalho de técnicos da prefeitura, da universidade, estudando medidas operacionais que visam reduzir os custos operacionais”, afirmou Manoel Paiva.