– (Josias em sessão de hemodiálise – fotos: arquivo pessoal) – O amazonense Josias Rodrigues dos Santos, de 67 anos, é um trabalhador aposentado, morador do bairro João Paulo, na zona Leste de Manaus.
Nos últimos 15 anos, a vida de Josias, casado e pai de 4 filos, virou um ‘entra e sai’ de unidades de saúde em Manaus. Ele faz tratamento de uma obstrução do canal da uretra, incômodo que o impede de urinar. Entre outras consequências, e se transformou em um renal crônico, o que o obriga a fazer sessões de hemodiálise três vezes por semana, em uma clínica de Manaus.
Segundo Josias, se ele tivesse feito o tratamento adequando quando o problema foi detectado, ele não precisaria fazer hemodiálise para ter melhor qualidade de vida.
“Fui consultado por inúmeros urologistas, tanto da rede pública quanto da particular e a solução para eu voltar a urinar normalmente, seria fazer uma cirurgia no canal da uretra. Essa cirurgia pode ser feita em Manaus, mas custa de R4 15 a R$ 20 mil, e eu não tenho esse dinheiro. Um dos médicos com quem me consultei, também me indicou um tratamento diferenciado em outros centros, como São Paulo, Goiânia e Curitiba, mas não reúno condições financeiras para bancar translado, estadia e alimentação, “, afirma.
Religioso, perseverante e dono de grande fé, Josias ingressou com ação junto à Defensoria Pública, que moveu a ação junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), onde tramita o processo de número 0731828.50.2o21.8.04.0001, até agora, sem resultado.
O aposentado acrescenta que “o sofrimento é grande! Para retirar a urina do corpo, foi preciso introduzir um cateter plástico abaixo do umbigo e, assim, o líquido é expelido.”
Enquanto a decisão judicial que possibilitará um tratamento bancado pelo estado não sai, Josias Rodrigues segue a sua rotina sonhando com dias melhores e uma melhor qualidade de vida para ele e para a família.
