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Sinésio Campos defende retomada de ações para desenvolver a pesca no AM

O deputado Sinésio Campos (PT) defendeu a necessidade de apoio dos Governos do Estado e Federal para que o pós-pandemia seja um período de retomada das ações que visem o desenvolvimento das cadeias produtivas da pesca e principalmente do incentivo à comercialização do pescado no Amazonas. A proposição foi feita durante a solenidade de fundação da Federação dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura do Amazonas realizada, na segunda-feira (29), no Da Vinci Hotel & Conventions.

Na condição de presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Sinésio Campos parabenizou a categoria e agradeceu o convite feito pelo presidente da Comissão Fundadora da Federação, João Vieira Silva (Negão), que é também o presidente da Colônia de Benjamin Constant – Z3.

“Parabenizamos todos os pescadores, guerreiros conhecedores da natureza pelo evento. Os nossos sábios dos rios, que merecem o nosso respeito e reconhecimento da importância desses trabalhadores e classe para o nosso Amazonas, que são os nossos pescadores. Produtores que são responsáveis pelo imprescindível abastecimento de pescado à população do Amazonas. Também parabenizamos a categoria pelo Dia Nacional do Pescador, data em que também se comemora dia de São Pedro”.

O parlamentar também ressaltou que o Amazonas é o Estado que lidera a aquisição de pescado para consumo (13,99 kg/ano), numa comparação com todos os Estados brasileiros, cuja média é 2,796 kg. Embora esse consumo venha caindo ao longo dos anos, a população ainda é grande consumidora de peixes. Mas apesar de o Estado apresentar o maior consumo de peixe no Brasil, vem apresentando uma grande queda na produção de peixes. De acordo com dados da Associação Brasileira de Piscicultura, o Estado teve uma queda de 12.730 toneladas na produção de peixes em 2018. Com a queda na produção, o Amazonas caiu dez posições e agora é o 18º no ranking de produção de peixes do país.

Em relação à produção, há vários anos o Amazonas não possui dados estatísticos sobre a produção pesqueira no Estado. De acordo com a Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa), vinculada à Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), o órgão está trabalhando para implementar esse levantamento, parado há vários anos. O ex-Superintendente da Pesca no Amazonas, o Raimundo Nonato (Nato da Pesca) disse que a última estatística é de 2014. “Precisamos revigorar instituições ligadas ao setor para o desenvolvimento do Estado, além de recolocar o Amazonas na vanguarda do fomento e desenvolvimento para a cadeia produtiva do pescado. Precisamos promover o crescimento competitivo do segmento da cadeia produtiva da pesca e da aquicultura, visando o desenvolvimento socioeconômico, o equilíbrio do meio ambiente e o bem-estar da sociedade”, defende Campos.

O deputado lembrou, ainda, que todos querem a comida sobre a mesa. Mas não conhecem o sofrimento nas cabeceiras dos rios de quem vive da pesca. Neste sentido, a Federação vem para cuidar do desenvolvimento da pesca artesanal e da aquicultura. Atualmente grande parte do pescado, que abastece Manaus, vem de outros estados. “Para mudar isso, precisamos de um grande projeto. Como deputado, estamos nos colocando à disposição para participar desse projeto. A contribuição pode vir por meio de defesa do setor na tribuna e emendas parlamentares, por meio da Aleam, destinadas ao setor. “Contudo, o grande projeto passa pela instalação de indústrias de enlatados no Amazonas. Desde 1982, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) tem pesquisas para processar o jaraqui em conserva. Temos de valorizar a qualidade do nosso peixe. Porque importamos sardinha enlatada de outros estados, quando temos peixe em abundância?”, concluiu.

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