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Sem centroavante de ofício, Sampaoli abraça plano de jogar com ataque móvel no Atlético-MG

Por André Hernan e Guilherme Frossard — São Paulo e Belo Horizonte

Grafiteiros pintam tapumes do estádio do Atlético-MG com homenagens a ídolos e torcida

Grafiteiros pintam tapumes do estádio do Atlético-MG com homenagens a ídolos e torcida

Jorge Sampaoli chegou ao Atlético-MG com uma extensa lista de reforços sugeridos e, entre eles, queria a contratação de um camisa 9 de ofício, um centroavante de área. O mercado complicado na posição, porém, fez com que o treinador fosse convencido de que o melhor caminho é pensar na montagem do time com um atacante de mais movimentação, menos preso ao espaço próximo ao gol adversário. Isso não significa que o Galo tenha interrompido as buscas por um reforço para a posição.

Inicialmente, o atacante desejado por Sampaoli – e aprovado pela diretoria – era Adolfo Gaich. O argentino de 21 anos do San Lorenzo é homem de área e, em caso de negociação bem sucedida, chegaria com status de titular para o comando de ataque atleticano. O problema são os valores. O San Lorenzo quer 12 milhões de euros para negociá-lo (mais de R$ 73 milhões na conversão atual), valor fora da realidade atleticana.

Com Gaich distante, Sampaoli e sua comissão começaram a pensar em outros nomes. Um contato com Ramón Ábila chegou a ser feito, mas o nome do ex-cruzeirense não é bem avaliado no Galo e não houve sequer abertura de negociação. Apesar de ter consultado outras alternativas, Sampaoli já começou a mudar de ideia e aceitar a formação de um time sem um atacante de referência.

Adolfo Gaich entrou na mira do Galo, mas altos valores impediram o avanço das conversas — Foto: Reuters

Adolfo Gaich entrou na mira do Galo, mas altos valores impediram o avanço das conversas — Foto: Reuters

A partir desse momento, a prioridade do Galo para a posição passou a ser Nahuel Bustos. O jovem (também de 21 anos) do Talleres pode jogar como camisa 9, mas está longe de ser um centroavante de referência. É um jogador mais baixo (1,76m) e tem a movimentação como principal característica, se aproximando dos atacantes do atual elenco.

Bustos, porém, também não é uma contratação simples. O Galo já formalizou proposta, mas ouviu uma negativa do Talleres. Não significa que não há mais possibilidade de negócio, mas o clube mineiro terá de desembolsar valores mais altos – com ajuda do empresário Rubens Menin, que tem feito empréstimos para as contratações – para acertar com o atacante argentino.

Nahuel Bustos é o atual plano A do Atlético para o ataque — Foto: Divulgação/ Talleres

Nahuel Bustos é o atual plano A do Atlético para o ataque — Foto: Divulgação/ Talleres

As opções para a camisa 9, no elenco atual, são Diego Tardelli, Marrony e Bruno Silva. Nenhum deles é centroavante de ofício, mas podem fazer a função. Sampaoli ainda quer um reforço para a posição, mas já começa a desenhar uma formação sem uma referência de área. Recentemente, Tardelli revelou que tem sido usado, nos treinos, no comando de ataque.

No Santos, Sampaoli chegou a pedir a contratação de um camisa 9. O Peixe buscou Uribe, ex-Flamengo, mas quem atuou na função como titular na maior parte da temporada foi Eduardo Sasha, que também é um jogador mais móvel e sem característica de centroavante. O filme caminha para se repetir no Galo.

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