Além de ajudar três famílias com cestas básicas, ele repassou a ideia à frente, convencendo o comandante e os outros 14 policiais do seu pelotão a fazerem o mesmo: ‘Me emocionei’.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
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Duas das cartas adotadas pelo sargento onde as crianças pedem comida como presente de Natal — Foto: Arquivo pessoal
Um sargento da Polícia Militar se comoveu e adotou cartinhas de crianças que pediam comida como presente de Natal para o Papai Noel, em Caldas Novas, região sul de Goiás. Após saber do projeto dos Correios, por uma reportagem da TV Anhanguera, ele não só fez a sua parte como incentivou todo o batalhão onde está lotado a tomar a mesma atitude.
Integrante do Grupo de Policiamento Tático (GPT), Alcimar Rodrigues da Silva ficou mexido com a situação das famílias e adotou cinco cartinhas, das quais, em três, as crianças pedem cestas básicas.
“As cartas ficam separadas por brinquedo, material escolar e diversos. Nessa última sessão, fui dando uma olhada e encontrei algumas que pediam comida. Me emocionei, deu um nó na garganta. É cada coisa que a gente lê ali”, disse ao G1.
Após adotar as cartinhas, o sargento comentou sobre a iniciativa com o comandante, que também abraçou a causa. Além deles, todos os outros 14 policiais do GPT de Caldas Novas se comprometeram a fazer a boa ação.
O foco do grupo, relata, será a doação de alimentos. Porém, alguns militares também pretendem adotar cartas com pedidos de materiais escolares.
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Sargento da PM lê algumas das cinco cartas adotadas: ‘Me emocionei’ — Foto: Arquivo pessoal
Sargento da PM viu campanha dos correios para adotar cartinhas de Natal na TV Anhanguera
Dificuldades e ‘deboche’
Numa das cartas adotadas por Alcimar, a criança diz que a mãe é catadora de material reciclável e que cuida dela e dos irmãos. Às vezes, diz o texto, “passamos falta de alimento porque para ela é difícil fazer tudo sozinha”.
Além disso, o menino também pede um tênis novo, pois o dele está “velhinho” e, por isso, é alvo de “deboche” dos colegas.
Em outra carta, a criança diz que a família “passa muitas dificuldades” e que, apesar de ser pequeno (6 anos), ele tem “muita vontade de ajudar a família”. Ele pede uma cesta básica e materiais escolares e diz, ao final: “Faça meu Natal mais feliz”.
