Durante reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 5/4, a equipe de bolsistas do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), do Ministério da Saúde (MS), apresentou o relatório preliminar da investigação de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em especial os casos de Influenza A (H1N1) registrados no município de Manaus.
No relatório, no período de 40 dias, a equipe de bolsistas do EpiSUS e profissionais de investigação epidemiológica Semsa e da FVS fizeram a investigação de 25 óbitos por H1N1. Desse total de casos investigados, os principais fatores de risco associados foram: idade igual ou maior de 60 anos, diabetes, cardiopatias, hipertensão, menores de cinco anos, obesidade e doenças neurológicas.
A apresentação aconteceu na sede da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/Amazonas), no bairro Colônia Santo Antônio, zona Norte, com a presença de profissionais das redes municipal e estadual de saúde.
A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, explica que o relatório faz parte da atuação da equipe de bolsistas do EpiSUS, programa da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS/MS), que oferece treinamento para profissionais de nível superior com a finalidade de capacitar para atuação na área de epidemiologia, reforçando a preparação do SUS para responder às emergências em saúde pública.
A equipe do EpiSUS atuou em Manaus por 40 dias com o objetivo de confirmar a existência do surto de SRAG, produzir relatório com a descrição do surto, caracterizar os óbitos positivos para Influenza A (H1N1) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), identificar fatores associados aos óbitos e elaborar recomendações para o município de Manaus e o estado do Amazonas.
“Os bolsistas do EpiSUS trabalham na investigação de surtos ou epidemias registradas em diferentes regiões do país, colaborando com as ações executadas nos serviços municipais e estaduais de saúde no combate às doenças. Para o surto de SRAG, equipe do programa, formada por profissionais da área de Enfermagem e Biologia, contribuíram na qualificação do trabalho que é realizado nos serviços de saúde, com troca de experiências, fortalecendo as ações de vigilância em saúde”, explicou Marinélia Ferreira, lembrando que o mesmo trabalho foi realizado por outra equipe do EpiSUS nas ações de combate ao sarampo no ano passado.
Após a divulgação do relatório, as recomendações para os serviços de saúde incluíram a realização de atividades de educação continuada aos profissionais anterior ao período de sazonalidade da gripe, reforço na sensibilização dos profissionais para o diagnóstico oportuno, qualificação nas notificações e fortalecimento da vigilância dos Núcleos Hospitalares.
