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Rapper, cidadão russo, figurante em “Matrix”: 10 curiosidades sobre Roy Jones Jr., rival de Tyson

A volta de Mike Tyson aos ringues é um dos assuntos mais comentados do ano no mundo dos esportes, e quanto a isso não há discussão. Mas, do outro lado do córner da luta que será realizada neste sábado, em Carson (condado de Los Angeles, EUA), o desafiante está longe de ser um coadjuvante qualquer. Roy Jones Jr., de 51 anos, é um dos maiores boxeadores de todos os tempos e uma figura pra lá de excêntrica.

Tyson X Jones Jr

Combate vai transmitir ao vivo no dia 28 de novembro a volta de Mike Tyson aos ringues, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Os assinantes do canal vão acompanhar a luta contra o americano Roy Jones Jr., que terá oito rounds. A transmissão do evento de Los Angeles, que tem outras seis lutas previstas, começa às 21h30. A TV Globo também vai exibir a luta na madrugada de sábado para domingo após o Supercine.

Campeão mundial em quatro categorias diferentes, Jones Jr. também é rapper, fez filmes, protagonizou uma das finais mais escandalosas das Olimpíadas e aceitou voltar ao boxe – de onde estava afastado desde 2018.

ge mostra aqui dez fatos curiosos sobre o norte-americano:

Super-vilão ou super-herói?

Roy Jones Jr. dá gancho em luta nos anos 1990 contra James Toney — Foto: The Ring Magazine via Getty Images

Roy Jones Jr. dá gancho em luta nos anos 1990 contra James Toney — Foto: The Ring Magazine via Getty Images

O boxeador de 51 anos detém um cartel poderoso, com apenas nove derrotas em 75 lutas. Das 66 vitórias, 47 (ou 71,2%) foram por nocaute. O retrospecto incrível lhe rendeu o apelido de Super-Homem durante seu auge nos ringues. Curiosamente, outra qualidade dele lhe rendeu uma alcunha associada com um vilão: dada a potência de seu uppercut, o tradicional gancho, Roy passou a ser chamado de Capitão Gancho.

Cidadania russa

Roy Jones Jr. em visita à Rússia em 2017 — Foto: Alexander Ryumin\TASS via Getty Images

Roy Jones Jr. em visita à Rússia em 2017 — Foto: Alexander Ryumin\TASS via Getty Images

Além da nacionalidade americana, Roy também tem cidadania russa. No dia 19 de agosto de 2015, ele encontrou-se com o presidente russo, Vladimir Putin, na Crimeia. O boxeador explicou ao mandatário que, por viajar muito ao país por motivos comerciais, seria interessante ter acesso a um passaporte para evitar transtornos nas chegadas e partidas. Por incrível que pareça, Putin atendeu ao pedido e lhe deu a cidadania.

Polêmica em final olímpica

Foto oficial de Roy Jones Jr. para as Olimpíadas de Seul 1988 — Foto: The Ring Magazine via Getty Images

Foto oficial de Roy Jones Jr. para as Olimpíadas de Seul 1988 — Foto: The Ring Magazine via Getty Images

Roy Jones Jr. participou de uma das situações mais controversas de toda a história das Olimpíadas. Na final de sua categoria nos Jogos de Seul, em 1988, o norte-americano foi derrotado pelo sul-coreano Park Si-Hun, pela decisão dos árbitros. Roy desferiu 86 socos no asiático, que por sua vez deu apenas 32. O resultado foi tão absurdo que momentos depois da definição Park pediu desculpas a Roy. Alguns dos juízes foram afastados por órgãos da modalidade. Em 1997, o COI (Comitê Olímpico Internacional) conduziu uma investigação e apurou que os árbitros foram presenteados pelos organizadores sul-coreanos, mas não encontrou indícios de que as lutas de boxe das Olimpíadas de 1988 foram corrompidas.

“Astro” do cinema

Roy Jones Jr. (à dir.) como capitão Ballard em Matrix Reloaded — Foto: Reprodução

Roy Jones Jr. (à dir.) como capitão Ballard em Matrix Reloaded — Foto: Reprodução

Em meio à carreira como boxeador, Roy também se aventurou no vídeo. Ele participou de filmes famosos como “Creed II”, de 2018, “O Advogado do Diabo”, de 1997, e da trilogia “Matrix”, de 1999, e “Matrix Reloaded”, de 2003.

Astro da TV

Roy Jones Jr. em evento da HBO — Foto: Noam Galai/Getty Images for HBO

Roy Jones Jr. em evento da HBO — Foto: Noam Galai/Getty Images for HBO

O adversário de Mike Tyson trabalhou como comentarista na TV norte-americana. Ele foi analista da HBO durante o Campeonato Mundial de boxe de 2005, e até fez sucesso. Porém, acabou dispensado pelo canal no ano seguinte por suposta falta de comprometimento no dia a dia de trabalho.

Vida de músico

Disco lançado por Roy Jones Jr. — Foto: Reprodução

Disco lançado por Roy Jones Jr. — Foto: Reprodução

Não foi apenas no esporte que Roy conseguiu sucesso e acesso aos holofotes. Ele lançou um álbum musical em 2001 chamado “Round one: The Album”, com 19 faixas. O disco foi lançado pela Body Head Entertainment e chegou a figurar no número 2 de uma lista de álbuns de rap.

Primeira derrota foi traumática

Montel Griffin x Roy Jones Jr. em 1997 — Foto: Focus on Sport/Getty Images

Montel Griffin x Roy Jones Jr. em 1997 — Foto: Focus on Sport/Getty Images

Roy Jones Jr. venceu suas 34 primeiras lutas profissionais e causou furor entre o final dos anos 1980 e todos os anos 1990. Mas o primeiro revés sofrido foi bem famigerado. Jones acabou desclassificado em um luta contra Montell Griffin, em 1997, por bater duas vezes na nuca do adversário. Aquela derrota fez com que ele perdesse o título dos meio-pesados do Conselho Mundial de Boxe. O detalhe é que Roy estava com ampla vantagem no combate na contagem dos jurados.

A quase luta com Tyson

Mike Tyson x Roy Jones Jr. — Foto: Infografia

Mike Tyson x Roy Jones Jr. — Foto: Infografia

Em 2003, Roy Jones Jr. teve uma proposta para enfrentar Mike Tyson. Na época, a bolsa oferecida seria de US$ 40 milhões, além de participação dos ganhos do pay-per-view da luta. Porém, Roy recusou. Quis o destino que o encontro de fato ocorresse agora, em 2020.

Pai foi um herói de guerra e sparring do filho

Roy Jones Sr. era sparring do filho — Foto: Reprodução

Roy Jones Sr. era sparring do filho — Foto: Reprodução

Seu pai, Roy Jones Sr., era um veterano da Guerra do Vietnã que ganhou uma medalha Estrela de Bronze, uma honraria das Forças Armadas dos Estados Unidos, por ter resgatado um outro soldado em uma batalha. Ele também lutava boxe e atuava no peso-médio. No dia 10 de junho de 1977, encarou Marvin Hagler num embate que fazia parte do card preliminar da lenda Sugar Ray Leonard contra Vinnie DeBarros, mas acabou derrotado. Seu pai tinha um ginásio de boxe e fazia sparring com o filho.

Referência no meio do boxe

Roy Jones Jr. em pesagem — Foto: Getty Images

Roy Jones Jr. em pesagem — Foto: Getty Images

Roy Jones Jr. pode não ser tão famoso no Brasil quanto Mike Tyson, mas foi muito reverenciado ao longo de sua carreira profissional. Eleito lutador do ano pela revista Ring em 1994 e pelo Hall da Fama do Boxe em 2003, ele contabilizou inúmeros prêmios. Em 1996, 2000 e 2003, ganhou o ESPY (prêmio da ESPN) como melhor boxeador do mundo. A Associação Americana dos Cronistas de Boxe, por sua vez, escolheu-o como melhor lutador da década de 1990.

(Com informações do GE).

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