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Promessas dos políticos: governadores cumpriram 39% dos compromissos de campanha após 3 anos e meio de mandato

Governadores cumpriram menos da metade das promessas de mandato

Faltando apenas seis meses para o fim dos atuais mandatos, os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal cumpriram apenas quatro de cada dez promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2018.

Levantamento feito pelo g1 aos três anos e meio de governo mostra que 39% dos 1.157 compromissos assumidos pelos então candidatos, eleitos para um mandato de quatro anos, foram integralmente cumpridos.

Foram consideradas as ações tomadas pelos governos estaduais entre 1º de janeiro de 2019 e 30 de junho de 2022 – ou seja, exatamente três anos e meio de governo. O balanço completo dos quatro anos será publicado posteriormente, ao término do mandato.

A relação completa por estado está na página especial “As promessas dos políticos”. No link, é possível ver todas as promessas feitas pelos governadores e o andamento de cada uma. Para selecionar as promessas em 2018, o g1 considerou o que pode ser claramente cobrado e medido.

O andamento das promessas

Na atualização anterior, após dois anos e meio de gestão, o percentual de promessas cumpridas era de 26% – uma diferença de 13 pontos percentuais para o atual índice, de 39%.

Os dados do levantamento também mostram que 24% das promessas foram cumpridas parcialmente durante três anos e meio de gestão – o que significa que ainda há pendências para que o trabalho seja considerado entregue. Há um ano, esse percentual era o mesmo, de 24%.

Já as promessas que ainda não foram cumpridas pelos governos estaduais são 38%. Em junho de 2021, eram 50%. Apenas dois compromissos ainda não puderam ser avaliados.

Desde 2020, a pandemia da Covid-19 foi um argumento usado de forma recorrente pelos governos estaduais como motivo para não conseguir cumprir determinadas promessas.

No acompanhamento feito em junho de 2021, os gestores citaram a pandemia em suas justificativas sobre os andamentos dos projetos em quase 1/5 das promessas não cumpridas ou cumpridas em parte.

Um ano depois, em junho de 2022, a pandemia ainda é citada em 1/6 das promessas não cumpridas ou cumpridas em parte. Junto a isso, a falta de recursos e a crise econômica também foram argumentos constantes entre as gestões estaduais.

Em números absolutos, o resultado da avaliação das promessas é:

  • Total de promessas: 1.157
  • Cumpridas: 445
  • Cumpridas em parte: 275
  • Não cumpridas ainda: 435
  • Não avaliadas: 2

Divisão por temas

Em termos percentuais, as promessas envolvendo mobilidade urbana e turismo lideram o ranking de não cumpridas. Por outro lado, entre os compromissos cumpridos, os envolvendo transparência, administração e educação e cultura têm os maiores percentuais.

Veja a divisão das promessas por tema:

Metodologia

g1 acompanha durante os quatro anos de mandato os cumprimentos das promessas de campanha dos políticos.

Quais são os critérios para medir as promessas?

  • Não cumpriu ainda: quando o que foi prometido não foi realizado e não está valendo/em funcionamento
  • Em parte: quando a promessa foi cumprida parcialmente, com pendências
  • Cumpriu: quando a promessa foi totalmente cumprida, sem pendências

Ou seja, se a promessa é inaugurar uma obra, o status é “cumpriu” apenas se a obra já tiver sido inaugurada; caso contrário, é “não cumpriu”. Se a promessa é construir 10 hospitais e 5 já foram inaugurados, o status é “em parte”. Se a promessa é inaugurar 10 km de uma rodovia e 5 km já foram entregues à população, o status é “em parte”.

Observação: há casos em que não é possível avaliar o andamento da promessa, e o status é dado como “não avaliado”.

Fonte: G1.

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