Problema de lojistas que perderam estabelecimentos em incêndio no Cecomiz não é de fácil solução, avisa Thomaz Nogueira

Portal da CBN Manaus 

09/10/12 – Os 54 lojistas que tiveram seus estabelecimentos destruídos por um incêndio, há cerca de três anos, no Shoping Cecomiz, zona Sul de Manaus, fizeram um ato público, no local, na manhã desta terça-feira (9), pela reconstrução da área destruída e das lojas deles.

Os lojistas deram um abraço simbólico na área do incêndio. O representante dos sinistrados, lojista Antônio Carlos, disse que, apesar de já existir um canal de comunicação aberto com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), eles não recebem nenhuma informação. “Não sabemos de nada! Hoje, temos um canal aberto com a administração da Suframa, que está verificando o processo que foi movido contra a gente, porque foi feito um contrato de locação que antes não existia. Nós pagávamos uma taxa. Isso aqui era administração da Suframa e não nossa. Nós éramos incentivados a vir p’ra cá e, depois, criaram um contrato com a promessa de ompra e venda e que nós assinamos na intenção e na esperança de poder comprar isso aqui. Isso não aconteceu e, devido a esse contrato, na administração passada, criou-se um processo, que está parado, ninguém sabe como é que está, e nós não temos nenhuma informação oficial. Estamos aqui reivindicando isso. Pelo menos saber o que pode acontecer com a gente, que nós não sabemos.”

Para Solange Gonçalves, outra lojista prejudicada, o que está faltando, mesmo, é vontade política de resolver. “Sou juíza de Direito aposentada, tenho minha remuneração, mas sou solidária aos lojistas que sobreviviam exclusivamente das vendas de suas lojas. O que está faltando é espírito público, solidariedade, vontade política de ajudar!”

Pela manhã, o titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Tomaz Nogueira, disse que o problema não é de fácil solução. “Não se trata de má vontade ou de boa vontade! É uma situação complexa. Antes do incêndio, já havia um questionamento por conta da inadimplência do cumprimento do contrato firmado com a Suframa, então, já havia uma ação para cobrança e despejo. Estamos tentando construir uma solução, mas a Suframa já estava fazendo uma cobrança. Os lojistas, na sua totalidade estão inadimplentes. Esse débito, hoje, remonta a mais de R$ 1,8 milhão. A Suframa só tem autorização para conduzir uma negociação até um valor de alçada de R$ 500 mil. A partir daí, o assunto tem de ser discutido a nível de Ministério da Indústria e Comércio e com a Advocacia Geral da União (AGU), então é uma situação extremamente delicada e complexa! Não há um caminho imediato de reconstrução e nem a possibilidade de reparação para os lojistas, porque eles, inclusive, não pagavam o seguro nem o contrato de locação.”

De acordo com os lojistas, as lojas destruídas geravam aproximadamente mil empregos, no Cecomiz.