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Presidência da CMM cobra explicações da Aegea sobre falta de investimentos em saneamento em Manaus

 

Capital do Amazonas, cidade está entre os dez piores municípios brasileiros e atrás de todas as capitais nordestinas

A capital amazonense ocupa a 89ª posição entre as 100 maiores cidades brasileiras no ranking de desempenho das empresas de água e esgoto no país. Mais de 80% das residências de Manaus não estão interligadas a rede de esgoto, o que coloca a cidade entre os dez piores municípios brasileiros, perdendo para capitais como Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Palmas (TO), e atrás de todas as capitais nordestinas.

Os dados, fornecidos pelo Sistema Nacional de Informação sobre o Saneamento (SNIS), foram apresentados pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), durante pronunciamento, nessa segunda-feira (26/4), quando informou ter encaminhado ofício a concessionária Águas de Manaus (Aegea) cobrando informações sobre o cronograma de investimentos para a cidade.

“Não é apenas um desabafo, quero compartilhar essas informações, para que possamos juntos, unidos, como temos agido nesta 18ª legislatura, cobrar aqueles que estão à frente da concessão, para que entreguem um serviço melhor à população que paga por ele, que são todos os munícipes de Manaus”, afirmou David Reis, lembrando que ao assumir o contrato de concessão de água e esgoto na cidade, há cerca de dois anos, a Aegea prometeu realizar a uma série de investimentos, que ainda não se concretizaram.

“A empresa chegou em Manaus dizendo que tinha expertise, afirmando que teria recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para realizar investimentos, e, até agora, tudo não passou de um pesadelo para nossa cidade”, criticou o presidente David Reis, informando que fez a solicitação à Águas de Manaus, para que as informações solicitadas sejam encaminhadas à Casa, em regime de urgência.

David Reis lembrou que, nos últimos quatro anos, tem acompanhado de perto a situação do saneamento básico na cidade de Manaus, na condição de presidente da Comissão de Água e Saneamento da Câmara Municipal. Inicialmente, na gestão da empresa francesa Manaus Ambiental e, nos últimos dois anos, já com a Aegea.

“Se eles não conseguem cumprir o contrato que assinaram, que entreguem a concessão, porque deve ter alguém sério para tocar esse sistema e entregar à cidade de Manaus, aquilo que é direito do cidadão manauara. Isso é o mínimo que eles devem ter de respeito, para com aqueles que pagam pelo serviço que eles desempenham na cidade de Manaus”, desafiou o presidente da CMM.

O parlamentar chegou a fazer um comparativo entre a prestação do serviço de água e saneamento feito pela concessionária e o trabalho desempenhado pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). “É visível o trabalho da secretaria pelos quatro cantos da cidade de Manaus, não pode ser a empresa Aegea a continuar na contramão desse processo”, afirmou, enfatizando que os investimentos precisam avançar, para que Manaus não continue com apenas 19% de cobertura de rede de esgoto.

O presidente finalizou seu discurso afirmando que, hoje, em qualquer zona da cidade em que os parlamentares estejam, eles são demandados pela população que se mostra insatisfeita com a qualidade dos serviços prestados pela concessionária Águas de Manaus, “por isso, a defesa de um serviço de qualidade, seja abastecimento de água ou saneamento básico, é uma bandeira de todos nós, parlamentares da 18ª legislatura”, disse.

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