Esportes

Poirier diz ter “loucura certa” para enfrentar Khabib, e se vê viciado em lutas como a que fez com Max

Por Combate.com — Atlanta, EUA

Dustin Poirier conquistou o cinturão interino do peso-leve — Foto: Reprodução / UFCDustin Poirier conquistou o cinturão interino do peso-leve — Foto: Reprodução / UFC

Dustin Poirier conquistou o cinturão interino do peso-leve — Foto: Reprodução / UFC

A principal pergunta após uma luta é: qual o próximo passo do vencedor? O caminho natural de Dustin Poirier, após conquistar o cinturão interino do peso-leve (até 70kg) no último sábado, ao vencer Max Holloway por decisão unânime no UFC 236, é enfrentar o campeão linear Khabib Nurmagomedov. O próprio russo já apontou setembro como mês para o duelo entre eles, e Abu Dhabi virou o local especulado também pelo próprio campeão. Poirier ainda não conseguiu refletir a respeito após uma batalha intensa com Holloway.

– Sinceramente, não tive tempo de digerir isso e pensar sobre esse assunto. Havia conversas sobre isso, que quem vencesse essa luta iria enfrentar (Nurmagomedov), mas eu não pensava assim tão longe. Sabia que tinha minhas mãos ocupadas com Max. Vou começar a pensar sobre isso e vamos ver, mas não sei o que vai acontecer – disse o campeão na coletiva após a luta em Atlanta, ciente do que precisa para enfrentar o russo invicto na carreira.

– Determinação. A quantidade certa de loucura. Autoconfiança. Tudo o que é preciso para ser um campeão, eu tenho – afirmou, segundo o site “MMA Junkie”.

Dustin Poirier venceu Max Holloway por decisão unânime no UFC 236 — Foto: Getty ImagesDustin Poirier venceu Max Holloway por decisão unânime no UFC 236 — Foto: Getty Images

Dustin Poirier venceu Max Holloway por decisão unânime no UFC 236 — Foto: Getty Images

Mesmo ciente de que todos querem saber o próximo passo, Dustin Poirier ainda vivia naquele momento o duelo que tinha acabado de fazer com o campeão peso-pena. Pouco antes, o presidente do UFC, Dana White, disse na coletiva que Holloway deveria voltar para sua divisão, mas Poirier espera encontrá-lo ainda muitas vezes no cage.

– Minha próxima luta tem que ser pela unificação, mas eu amo o Max. Vou lutar com ele mais cinco vezes.

Dustin Poirier, dono de um cartel agora com 25 vitórias e cinco derrotas, disse que apenas dois rivais o fizeram sentir dores nas mãos após a luta: Justin Gaethje e Holloway.

– Achei que o Max seria um pouco mais rápido com os jabs. Ele foi um lutador ardiloso, ele preparou seus socos diretos muito bem. O seu jab tinha uma cadência diferente. Eles eram um pouco mais lentos, eu consegui ver quando ele lança-los, mas ele escondeu seu soco direto muito bem por trás deles. Algumas vezes ele lanclou o jab e me machucou um pouco, e depois ele lançou um soco direto que me machucou bastante. Eu sabia que haveria adversidade e eu enfrentei.

Poirier ainda falou, em entrevista ao canal do UFC nos bastidores, que tinha ficado impressionado com o duelo entre Kelvin Gastelum e Israel Adesanya pouco antes, mas que a luta principal ficou à altura.

– Foi duro. Honestamente, eu não sabia. Eu achei que talvez eu tivesse vencido o primeiro round. Ele voltou e eu o acertei com uma boa joelhada e ele começou a jorrar sangue, e eu pensei: “Bem, eu acho que roubei esse round com o sangue”. Ele me machucou, eu o machuquei, e a luta é isso. Aquilo foi a definição de uma disputa de título. Eu estava lá atrás aquecendo e assistindo o Israel e o Kelvin, e eu pensei: “Caramba, isso vai ser difícil de bater. Aí está o bônus de luta da noite para esses caras”. Mas talvez tenhamos conseguido. Como eu disse, ele estava sangrando, eu estava sangrando, ele estava machucado, eu estava machucado. Foi uma luta de alto nível.

O campeão interino dos leves ainda falou da sensação de estar num combate tão intenso como fez. Ele disse que aprendeu a se sentir bem mesmo numa situação em que pode acabar derrotado.

– Isso é lutar para mim. É desconfortável, dói. É doloroso, é… Há momentos em que você pensa que talvez queira sair de lá, mas eu sei que isso é a luta. Eu aprendi a ficar confortável com esse desconforto, com a dor, com… Não exatamente a dúvida, mas o desconhecido. Aquele octógono é como um espaço desconhecido. Não importa o quanto eu me prepare, o quanto eu acredite em mim mesmo, eu sei que quando eu entrar lá há uma chance de eu perder, há uma chance de eu ser nocauteado, eu posso ser finalizado. É isso que as pessoas vêm ver. É por isso que a imprevisibilidade, há muitas variáveis nesse… Eu nem chamaria de esporte, isso é sobrevivência, isso não é nem um esporte.

Deixe seu comentário

TV

Rádios

Arquivos

  • Arquivos

  • Links

    Links