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PF prende líder de organização criminosa responsável pelo massacre de presos no Amazonas

Disputas pela liderança e pelo poder dentro da facção teria gerado o massacre que resultou na morte de 55 detentos em presídio do Estado.

Principal liderança da organização criminosa responsável pelo massacre de 55 presos do sistema prisional do Amazonas em maio deste ano,  Alan Barbosa Rolim, conhecido como ‘Zaqueu’, homem de confiança do narcotraficante ‘Zé Roberto’ da Compensa, foi preso em Salvado-BA.

Alvo da operação Sétimo Círculo, ‘Zaqueu’ foi localizado por policiais federais no último domingo, em um Shopping da cidade, oportunidade em que foi cumprido em seu desfavor um mandado de prisão preventiva (expedido pelo Juízo da Vara de Execuções Penais de Manaus/AM).

O objetivo da 2ª fase da operação foi desarticular organização criminosa e reprimir ações voltadas à associação para o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Em uma ação que envolveu policiais federais lotados no Amazonas e na Bahia, além da prisão da referida liderança, também foram cumpridos em Salvador um mandado de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão.

Os mandados foram expedidos por ordem do Juízo da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal no Amazonas, após deferir representação da Polícia Federal no âmbito de inquérito policial.

A investigação:

O Inquérito Policial foi instaurado pela PF, atendendo a requisição do Ministro da Justiça e Segurança Pública, após o massacre, ocorrido nos dias 26 e 27 de maio, e tem por objetivo investigar a atuação de organizações criminosas no sistema prisional, no tráfico internacional de drogas e na lavagem de dinheiro

Há indícios de que o referido massacre a detentos foi executado em decorrência de disputas entre integrantes de uma mesma facção criminosa do Amazonas, que atua dentro e fora dos presídios, na prática de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, homicídios e crimes correlatos, o que corrobora a hipótese da investigação criminal que ficou a cargo da Polícia Civil/AM.

Durante os trabalhos de investigação foram presos indivíduos que atuavam fora do sistema prisional, mas que eram ligados às duas principais lideranças em disputa pelo controle da facção criminosa. De acordo com o que se apurou, há indícios de que tais indivíduos se encontravam no centro da disputa e tiveram relação com os fatos que ocasionaram o massacre.
Nas duas fases da operação, houve o intercâmbio de informações entre os órgãos de Segurança Pública do Estado, em especial a Inteligência da SEAP/AM, e a Polícia Federal.

O nome da Operação é uma referência à clássica obra literária de Dante Alighieri, na qual o sétimo círculo é o local destinado às almas dos homicidas.

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