O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu nesta manhã (09), em entrevista à Rádio Estadão, sua gestão e as contas de sua campanha e de seu vice, Francisco Dornelles (PP). Pezão alegou que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão cassou seus mandatos por abuso de poder econômico e político, em razão de irregularidades na prestação de contas de campanha.
O governador disse que nunca teve problemas com a Justiça e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos. Também afirmou que cumpriu a lei na campanha eleitoral, pois ela permitia a doação de empresas. “Tudo foi devidamente declarado na minha campanha”, reiterou.
A respeito da ameaça de greve da polícia do Rio, a exemplo do que ocorre no Espírito Santo, Pezão afirmou que concedeu aumento à categoria em 2014 e que foi paga uma das seis parcelas do aumento nesta quarta-feira (08).
Operação Calicute
Indagado sobre sua relação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso e indiciado por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, o governador do Rio disse que apesar de serem muito amigos, nunca participou da vida pessoal do correligionário.
“Não sou eu quem vai julgar Cabral”, disse, reiterando que essa é uma função da Justiça.
Conteúdo: ESTADÃO