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PCDs se mobilizam e apelam a governador Wilson Lima por reconsideração sobre extinção da Seped

“O governo do Estado extinguiu a Secretaria da Pessoa com Deficiência (Seped) “contra a vontade da maioria esmagadora das pessoas com deficiências”. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (21), em entrevista à Rede Tiradentes, pelo presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e membro do Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência, Neyrimar Furukawa Barreto.

De acordo com Neyrimar, a economia que o Estado faria com a extinção do órgão seria de apenas R$ 5 milhões, o que, segundo ele, não representa nem mesmo 0,02 % do orçamento do Estado, hoje de R$ 17 bilhões. O orçamento da Seped, informa ele, é de apenas R$ 9 milhões, ou 0,005 do orçamento do Estado, e não onera o Estado, a ponto de ser necessário extinguir ou transferir .

Neyrimar disse ainda que Seped era de suma importância para a visibilidade da pessoa com deficiência e para a articulação das políticas públicas relativas às pessoas com deficiências no Amazonas Ele pediu ao governador Wilson Lima uma reconsideração da situação, que afeta toda a comunidade das pessoas com deficiências em todo o Estado.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência aproveitou para mostrar uma foto em, na presença de representes da comunidade de CPDs, o então candidato a governador assina a carta-compromisso com as pessoas com deficiências que garantia a manutenção do órgão no governo.

Segundo Furukawa, outros três governantes tentaram extinguir a Seped: os ex-governadores José Melo, David Almeida e Amazonino Mendes, mas, após manifestações de órgãos e das próprias pessoas com deficiências, voltaram atrás.

“Entendemos que essa conquista é de longa data e a justifica do governo não tem muita lógica. A gente percebe que é uma idéia apenas de caráter econômico e político e não atende as necessidades das pessoas com deficiências”, diz.

“A secretaria”, afirma, “mostra que o governo tem um olhar para este segmento. Falta na verdade, fazer com que essa secretaria funcione como ela deve funcionar, como está escrito na Lei 3.432, no seu art. 9º, sobre as competências da Seped, e que os últimos governos não têm dado essa importância a esse dispositivo legal.”

Furukawa insiste que o que a comunidade das pessoas com deficiência quer é uma reconsideração. “Queremos ser ouvidos, porque tudo isso aconteceu sem que nenhuma instituição ligada à pessoa com deficiência, nem o próprio Conselho Estadual tenha sido ouvido ou consultado, indagado, se era importante ou se não era. O governo simplesmente fez tudo isso em gabinete. São decisões de gabinete que não levaram em conta nem a opinião dos entes envolvidos nessa mudança. A gente vai continuar mobilizado!”

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