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Parintins de janeiro a janeiro: confira o que se come e atrai os turistas de todo o país à ‘Ilha’

 

 

Empresária parintinense idealizou projeto de ocupação da cidade a partir de um circuito gastronômico, criando opção de divertimento, num dos mais belos pontos da cidade para turistas e moradores da ilha

Que Parintins se torna o centro do Amazonas durante o mês de junho, ninguém discute. As melhores baladas, os passeios mais divertidos, o maior festival folclórico do mundo, que acontecem na ilha tupinambarana, atraem turistas nacionais e internacionais, mas o agito, assim como os ganhos financeiros acabam tão logo o bumbá vencedor, Garantido ou Caprichoso é divulgado.

Uma jovem empresária visionária tem se dedicado a pensar, planejar e cooptar parceiros para criar alternativas de atração para Parintins, que sejam permanentes, e dessa forma inserir a cidade no mapa mundial entre os lugares mais procurados por turistas e visitantes durante o ano inteiro e não somente no período da disputa dos bois branco e negro.

“A nossa ideia é desenvolver o turismo de Parintins o ano todo, atendendo pessoas que queiram conhecer Parintins a qualquer tempo, inclusive, fora do período do festival. Tem muita gente que apenas deseja descansar, apreciar a natureza e ter momentos especiais com a família e amigos”, explicou a empresária Érika Baranda, idealizadora do projeto ‘Parintins de janeiro a janeiro’, que está sendo construído em parceria com outros empreendedores da ilha e com apoio de instituições focadas no universo empresarial como o Senac.

Alta gastronomia

 

A ideia de Érika de elaborar um circuito gastronômico foi implementada por uma parintinense que há anos tinha deixado a terra com destino a uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, para viver uma bela história de amor. Após tanto tempo afastada, Samanta Arroyo queria voltar à ilha por causa da saudade. A chefe de cozinha, que trabalhou em restaurantes famosos na capital paulista, aceitou o desafio de criar um cardápio que unisse o gostinho amazônico a temperos e produtos internacionais.

“Aprendi muito durante minha estada no Sudeste, mas nunca esqueci os cheiros, os gostos, a consistência dos elementos da minha terra. Era um sonho pessoal preparar pratos que integrassem estes dois universos, proporcionando uma experiência única a quem os experimentassem. Este projeto é sensacional porque proporciona oportunidade de vivenciar a ilha sob outro aspecto e também gera oportunidade de emprego e renda para muitas pessoas”, celebrou a chefe Samanta.

O cardápio da noite consistia em entradas inusitadas como tortilhas, crepes, tacos, frango crocante com ervas, guacamole, sushi com pirarucu, peixe empanado servido com pastas exóticas. Os pratos principais pato de laranja com musseline de jambú e ervilhas; gnoochi de banana pacovã com molho de jambú e filé de pescada com caponata de maxixe; fettuccine de tucumã com filé mignon Au Poivre aguçaram o paladar. As sobremesas fecharam o menu com toque diferenciado: panna cotta de capim santo, sorvete de gengibre com coco e brownie e chocolate cremoso com doce de cupuaçu.

O jantar para poucas pessoas, cerca de 50 convidados, foi uma apresentação do cardápio que será servido, inicialmente, a cada 15 dias e quando se tornar parte do dia a dia de Parintins deverá ser diário. Quem experimentou, só tem elogios. “Foi uma experiência gastronômica incrível. O cardápio valorizou os produtos regionais. Muitos dos produtos a gente vê todos os dias, mas passam desapercebidos. A chefe fez uma transformação que ficará na memória”, relatou a jornalista Mayara Carneiro, que provou junto com o marido, o também jornalista Hudson Lima, os pratos durante o jantar embalado ao ritmo de boi-bumbá acústico.

Ao natural

 

O jantar aconteceu no mais novo ponto turístico da cidade, o Kwati Vila. Na ilha onde predominam o azul e o vermelho, na vila o que se destaca é o verde da natureza expressa em jardins bem cuidados. Em cada cantinho, espaços instagramáveis prontos para fazer fotos marcantes. As crianças contam com brinquedos espalhados pela propriedade onde podem se divertir com segurança para a tranquilidade dos pais. E se a família quiser aproveitar o dia para se entrosar ainda mais, a piscina de borda infinita afugenta o calor.

A proprietária Érika Baranda relata que a vila foi planejada para oferecer um refúgio aos finais de semana, com quartos iluminados e ventilados. O conceito pode ser estendido a outras áreas de Parintins, inclusive às comunidades. “O Kwati Vila é uma hospedagem rústica, que valoriza a arquitetura regional, a indígena. Queremos fazer parcerias não só com os empreendedores da sede de Parintins, mas também com as comunidades vizinhas. A pessoa passa um dia na cidade, um dia na Valéria (comunidade), um dia no Maranhão (comunidade). Conhece uma casa de farinha, que faz o beiju, o pé-de-moleque, que são iguarias amazônicas. Buscamos parceria com o Senac, com os tricicleiros (pilotos do transporte típico), assim todo mundo ganha”, explicou Érika.

Encontra-se em estágio avançado a parceria turística com o artista Freyzer, que depois de fazer sucesso no exterior, voltou a se estabelecer no lugar onde nasceu, na comunidade Valéria, situada na divisa do Amazonas com o Pará. O lago límpido, a exuberante vegetação assim como as descobertas arqueológicas tornaram o lugar parada obrigatória dos cruzeiros turísticos internacionais. Freyzer, que constrói um hotel na área, poderá propiciar a vivência amazônica com conforto que os turistas tanto querem.

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