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Para contrapor ao Datafolha, campanha de Bolsonaro aposta no ‘voto envergonhado’

Para contrapor ao Datafolha, campanha de Bolsonaro aposta no ‘voto envergonhado’

O presidente Jair Bolsonaro, durante entrevista a podcast Reprodução

A campanha de Jair Bolsonaro já traçou uma estratégia para encarar os novos índices da pesquisa Datafolha que será divulgada nesta quinta-feira, seis dias após a última feita pelo instituto. A narrativa para lidar com uma eventual oscilação nos números é afirmar que existe um fenômeno do “voto envergonhado” que as pesquisas não conseguem captar.

Foi feito até um levantamento tentando mostrar que foram realizadas 94 pesquisas no período eleitoral de 2018 e que nenhuma delas conseguiu capturar os votos envergonhados que fizeram Bolsonaro presidente. Essa versão começou a endossada pelo QG de campanha após a pesquisa Ipec apontar uma diferença de 15 pontos de Lula sobre Bolsonaro.

A ideia no comitê é continuar explorando essa versão para evitar que se crie uma sensação de vitória em torno de Lula.

Integrantes da campanha também pretendem questionar se a pesquisa — que vai entrevistar presencialmente 5.926 pessoas acima de 16 anos em 191 cidades de todos os estados brasileiros (e esta é a maior amostra feita pelo Datafolha desde o início desta campanha) — chega nos “grotões” que votariam no presidente. Mais uma tentativa de tentar desacreditar pesquisas sérias.

Caciques dos partidos que apoiam Bolsonaro, como PL e PP e Republicanos, têm repetido em reuniões reservadas que os candidatos a deputados relatam crescimento de Bolsonaro no eleitorado no interior do Brasil afora.

Outra estratégia usada no PL para contrapor institutos como Datafolha e Ipec é mostrar os monitoramentos internos contratados pelo partido, que apontam uma diferença menor, considerado empate técnico. Esses dados, porém, não podem ser publicados porque não são registrados no TSE.

Fonte: O Globo.

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