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Oswaldo de Oliveira chega ao Fluminense e diz: “Continuar trabalho de Diniz me dá grande prazer”

Por Felipe Siqueira, Hector Werlang e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Oswaldo de Oliveira foi apresentado nesta segunda-feira, no CT do Fluminense. Sucessor de Fernando Diniz, demitido há uma semana, o treinador de 68 anos inicia sua terceira passagem pelo Tricolor. A primeira foi de 2001 a 2002 e a segunda em 2006.

– Quero agradecer às pessoas que possibilitaram minha volta ao clube. Tenho muitos amigos aqui. Não é um desafio, é um prazer muito grande. Vou fazer com muita satisfação. Temos obstáculos a serem transpostos, mas vou fazer com muito prazer e com muita vontade. Não vejo o lado negativo, vejo o lado bom de estar aqui e ajudar o Fluminense a voltar ao lugar que ele merece.

Na coletiva, Oswaldo fez questão de frisar a admiração que tem pelo seu antecessor, Fernando Diniz. O novo treinador tricolor lembrou que trabalhou em cinco clubes com o ex-técnico do clube, quando este era jogador.

– Continuar o trabalho do Fernando me dá um grande prazer. Passou a ser meu amigo. É o jogador que jogou comigo em mais clubes. O conheci no Corinthians, o encontrei no Fluminense, no Flamengo, levei para o Santos e ainda em 2005 o levei para o Al ahli do Catar. A gente sempre se fala, temos uma relação próxima. Conversei muito com ele sobre a metodologia de trabalho, que é algo bem particular. Vamos usar e já estamos usando, como a tranquilidade para jogar e a coragem para trocar passes. A única coisa que vamos evitar é correr riscos muito perto do gol.

Anunciado na última terça, Oswaldo iniciou os trabalhos na última quarta, auxiliando Marcão, que comando o time interinamente no empate em 0 a 0 com o Corinthians, em Itaquera, pela Sul-Americana. O técnico comandou seu primeiro treino no domingo e terá como primeiro desafio justamente a decisão de uma vaga nas semifinais da competição continental, contra a equipe paulista.

– Preparo a equipe para essas circunstâncias. Começamos ontem, temos mas dois dias. Vamos procurar jogar da melhor maneira possível para vencer a partida.

Oswaldo volta às Laranjeiras junto de outros dois profissionais, os auxiliares Luiz Alberto da Silva e Sidney Morais.

Confira mais declarações de Oswaldo de Oliveira:

Jogo contra o Corinthians
Eu cheguei antes da viagem e as ideais do Marcão coincidiram com as minhas. Participei do treino, fizemos juntos a preleção. Mas ainda estou conhecendo o elenco, muitos dos jogadores, principalmente os mais novos. É lógico que precisamos de um pouco mais de tempo, mas tem sido feito de uma maneira muito bom com a ajuda do Marcão, do Filé e do Marquinhos. Temos trabalhado bastante e intensamente esses dias. Queremos fazer uma boa partida e dar continuidade no Campeonato Brasileiro.

Como está o Oswaldo de hoje?
Estou no melhor momento da minha carreira. Experiente, acompanhando tudo. Estou muito bem.

Desconfiança da torcia
Tenho um defeito muito grave: não procuro avaliar essas coisas porque quero ser isento para tomar as decisões. Não posso dizer que eu não soube, porque as pessoas comentam. Mas é algo que foi passando nos últimos dias. Eu fui para São Paulo para o jogo contra o Corinthians apenas na quinta de manhã e fui com mais de 30 tricolores no voo. As pessoas falaram das lembranças e estavam otimistas. Isso aumentou com o resultado que conseguimos, trouxemos a decisão para o Maracanã.

Contato com o grupo
Quando precisa aumentar o tom, o faço sem problema algum. Tem momentos que sofre alterações, isso é normal. Isso me ajuda no desempenho do que tenho de fazer. A minha função precisa de calma, de reflexão. Me sinto bem fazendo isso com calma.

Conversa com Diniz
Assim que acertei tudo com o Fluminense, liguei ao Diniz. Ele não me atendeu, me retornou depois. Falamos bastante, sobre os jogadores. Alinhamos muita coisa nesse sentido.

Legado de Diniz
Reconheço o trabalho do Fernando. Ele já tinha feito isso no Audax. Alguns jogadores que figuram em grandes equipes brasileiras eram desconhecidos até o trabalho dele. Aqui, ele repetiu com o Caio, o Allan, os meninos de Xerém… Isso coincide com as minhas características. Em todos os lugares que passou eu promovo, dou força, tento recuperar jogadores. É importante ter um grupo forte. Um jogador não sobrevive apenas pelo físico, o técnico e o tático. Existe o mental também. Corpo e mente precisam trabalhar juntos.

Episódio com Celso Barros em 2006
Eu não me lembrava e nem ele. Depois, é claro, as pessoas começaram a falar. Isso acaba voltando. Hoje, 13 anos depois, não faz diferença nenhuma. Estamos aqui alinhados e pensando da mesma forma. Vamos trabalhar juntos para fazer o melhor ao Fluminense.

Como irá montar o Fluminense
Sou o mesmo de sempre. Vou trabalhar como sempre trabalhei. Quando o time é muito bom, vamos propor o jogo e ser ofensivos. Quando se precisa ter cuidados, é claro, vamos ter de fazer isso. Isso não pode ser definitivo. Você joga cada jogo contra um adversário com as forças que se tem e tentando neutralizar o rival. É claro que existem equipes com supremacia absurda. O futebol brasileiro é equilibrado, tem equipes muito forte. Vamos jogar analisando o adversário e as nossas forças.

Mascarenhas na lateral, e Caio Henrique no meio?
É uma possibilidade, mas o Mascarenhas está lesionado, não pode nem participar do treinamento. Mas é uma questão que a gente leva em consideração.

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