Matérias

Órgãos de controle devem fazer “pente fino” nos gastos do Governo com pessoal, sugere Serafim

Os órgãos de controle devem fazer uma auditoria para examinar todas as folhas de pagamento, pois o gasto de pessoal atingiu o limite máximo e custam aos cofres públicos mais de R$ 6,6 bi por ano – o que representa a maior despesa do orçamento do Governo do Amazonas, estimado em R$ 17,3 bilhão.

A sugestão foi feita pelo deputado Serafim Corrêa (PSB), nesta terça-feira (12), durante reunião entre os titulares da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Alex Del Giglio, e da Controladoria Geral do Estado (CGE), Alessandro Moreira, e a Comissão de Finanças e Assuntos Econômicos da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

“Uma das coisas que sugeri foi uma auditoria externa para examinar todas as folhas de pagamento e encontrar as inconsistências. Creio que o Estado, tendo a maior folha de pagamento do Amazonas também precisa fazer isso. Também sugeri a transparência nos pagamentos, inclusive, para trás para que as pessoas saibam exatamente quem recebe do estado, quanto recebe e por que recebe. Isso foi feito na prefeitura de Manaus de 2005 a 2008, quando fui prefeito e pode evitar algumas ações judiciais, porque as pessoas sabendo das informações não têm mais porque motivos para recorrer à Justiça”, explicou o socialista.

Outra sugestão apresentada por Serafim Corrêa é que seja implantada a transparência nas contas públicas com a disponibilização dos pagamentos no site do Governo do Estado e que o item empréstimos seja extinto das medidas de solução para amenizar as dívidas.

“Minha sugestão é que sejam publicados os pagamentos dos últimos cinco anos e daqui para frente, passem a publicar todos os meses de forma fácil, que você consiga estudar, ler e identificar quem recebeu por nome, CNPJ e CPF, como é o caso do Governo Federal. Até porque isso está na Lei da Transparência. Estourou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o Estado precisa esquecer o item de empréstimos, porque nessas condições o Governo Federal não autoriza, não dá aval e não vai fazer qualquer operação de crédito”, defendeu o parlamentar.

Para Serafim, o diálogo entre os poderes é fundamental para que os impasses nas contas públicas sejam resolvidos.

“Minha opinião é que está muito claro que o orçamento 2019 foi subestimado na receita. Tem toda uma situação pra trás e isso gera uma situação para frente. O secretário está do outro lado do balcão e tem total acesso aos números. É muito simples: em 2018, a arrecadação do estado  foi de R$ 18 bilhões e o orçamento deste ano foi R$ 17,3 bilhões. Não é possível que 2019 vamos arrecadar R$ 700 milhões a menos. Os secretários reconheceram as deficiências da máquina e considero que o mais importante é que inaugurada uma nova fase a crise seja superada o mais rápido possível. Vejo que a proposta que a Sefaz e CGU fizeram tem princípio, meio e fim a proposta que a Sefaz”, concluiu.

Deixe seu comentário

TV

Rádios

Arquivos

  • Arquivos

  • Links

    Links