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Número de mortos vai a 26; OAB cita ‘indícios de execuções’ em operação da Vila Cruzeiro

O procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Rodrigo Mondego, disse que existe uma suspeita de tortura e execução durante a operação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. A ação deixou 26 mortos.

“Existe indícios de execuções, em algumas regiões. Indícios de que pelo menos uma pessoa foi torturada antes de ser morta, ontem. E existe indícios de mortos a facadas. Então, a gente está aguardando o desenrolar da perícia do IML para ver em que condições essas pessoas foram mortas”, disse Mondego.

Na manhã de quarta-feira (25), representantes da OAB-RJ e da Defensoria Pública estiveram na região do confronto.

“A gente veio aqui com moradores, lideranças. A gente está escutando o que eles têm a dizer. Eles vieram aqui nos mostrar a área onde tudo aconteceu e isso faz parte da nossa apuração para que a gente consiga prestar o melhor serviço pra população, principalmente para as famílias afetadas”, disse Pimentel.

Na terça-feira (24), a Polícia Militar do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram a operação na Vila Cruzeiro para prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos vindos de outros estados que estariam escondidos no lugar.

Segundo o comando da PM, a operação estava sendo planejada havia meses, mas foi deflagrada de modo emergencial para impedir uma suposta migração para a Rocinha.

Foram mais de 12 horas de tiroteio na região. Mais de 20 pessoas morreram, entre elas está a manicure Grabrielle Ferreira da Cunha, que foi atingida na porta de casa, na favela da Chatuba, vizinha à Vila Cruzeiro.

Em fevereiro deste ano, outra operação conjunta da PM e da PRF na Vila Cruzeiro deixou pelo menos oito mortos. 

IML monta força-tarefa

Vítima de operação com mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio, chega ao hospital Getúlio Vargas nesta terça-feira (24). — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

Vítima de operação com mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio, chega ao hospital Getúlio Vargas nesta terça-feira (24). — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

O Instituto Médico-Legal (IML) montou uma força-tarefa com funcionários que estavam de folga e de férias para agilizar a liberação dos corpos dos mortos na operação policial da Vila Cruzeiro.

Até o começo da tarde de quarta-feira (25), 17 corpos já tinham sido necropsiados. Mas eles ainda precisavam passar pelo exame de papiloscopia para a identificação e levantamento de possível ficha criminal.

(Fonte: G1).

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