Time mostra incapacidade de sair das dificuldades e finaliza apenas três vezes na direção do gol. Substituições conservadoras do treinador não surtem efeito desejado
A falta de ideias apresentada pelo Flamengo na derrota por 1 a 0 para o Bragantino, acrescentada pela incapacidade de reagir do time, foi o retrato da reta final de trabalho de Paulo Sousa no comando da equipe. A impressão é que, assim como a torcida, a equipe já desistiu do treinador.
Luan Cândido cabeceia e marca para o Bragantino contra o Flamengo — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Assim como na derrota para o Fortaleza, no Maracanã, o Flamengo apresentou muito pouco. No início do jogo, foi pressionado pelos donos da casa, que não venciam há nove partidas, até Luan Cândido abrir o placar de cabeça, em jogada de bola parada.
Com a vantagem, o Bragantino diminuiu um pouco o ritmo, e o Flamengo precisou ser o time a propor o jogo. Aí que foi o problema. Com os homens de frente espaçados, houve dependência de jogadas individuais de Everton Ribeiro e Vitinho, que não conseguiram a produtividade esperada.
Gabigol percorreu todo o campo na tentativa de abrir espaços, mas o mapa de calor mostra que o lugar que ele menos habitou foi a área adversária. O camisa 9 finalizou apenas uma vez, e foi bloqueado. No total, o Flamengo chutou apenas três vezes na direção certa do gol.
O mapa das ações de Gabigol contra o Bragantino. Dentro da área adversária, quase nada — Foto: Footstats
Na segunda etapa, a entrada de Pedro aos 19 minutos deu a esperança de que pudesse aumentar a presença ofensiva e ser uma opção de tabela para Gabigol. O time teve uma leve melhora, mas não passou pelo bloqueio do Massa Bruta.
Após os 24 minutos, o Flamengo ficou com um jogador a menos depois que Luan Cândido foi expulso. Paulo Sousa, quatro minutos depois, fez duas substituições de jogadores que fazem as mesmas funções: Filipe Luís no lugar de Ayrton, e Arão no lugar de Thiago Maia.
Já na reta final, o técnico seguiu conservador. Tirou Everton e Rodrigo Caio para as entradas de Marinho e Gustavo Henrique. O zagueiro entrou com a missão de ser uma arma nas bolas paradas, mas não teve chances. Quem se mandou para frente e virou atacante foi Léo Pereira.
As substituições:
- Aos 19 do segundo tempo: Sai: Lázaro. Entra: Pedro
- Aos 28 : Sai: Ayrton. Entra: Filipe Luís / Sai: Thiago Maia. Entra: Arão
- Aos 38: Sai: Everton. Entra: Marinho / Sai: Rodrigo Caio. Entra: Gustavo Henrique
Na base do abafa, o time teve uma das poucas chances no jogo, com Arão, de cabeça, mas o goleiro Cleiton fez boa defesa.
Fim de jogo. Mais uma derrota. Mais uma atuação ruim. Mais uma rodada sem subir na tabela. Reta final melancólica de trabalho para Paulo Sousa, e ainda não há oficialização sobre a chance de ele treinar o time ou não contra o Inter, sábado, em Porto Alegre.
Fonte: ge.