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Narcotraficante ‘João Branco’ é transferido para o presídio federal de Catanduvas, Paraná

O narcotraficante mais procurado do Amazonas foi levado para o Paraná em voo comercial da TAM e encaminhado para o presídio de segurança máxima.

“João Branco” durante a transferência dele para Catanduvas

“João Branco” durante a transferência dele para Catanduvas (Divulgação)

O narcotraficante João Pinto Carioca, o “João Branco” foi transferido nesta madrugada de Manaus para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele estava preso na Superintendência da Polícia Federal, em Manaus, após ter sido preso em Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela.

“João Branco” foi levado da sede da PF em Manaus às 23h30 de ontem, embarcou em um voo comercial da TAM Linhas Aéreas às 1h45 desta terça-feira e chegou à capital do Paraná, Curitiba, às 11h (horário de Brasília). Posteriormente, “Branco” foi levado a Catanduvas, presídio localizado a 476 quilômetros da capital.

A transferência do João para o presídio de Catanduvas já deveria ter ocorrido logo depois da prisão dele, na cidade de Pacaraima, no estado de Roraima, na quinta-feira (25), porém na sexta não havia vagas para ele lá. “Branco” foi capturado pela PF de Roraima quando tentava entrar no Brasil com documentos falsos, acompanhado de batedores.

Fuga impossível

Fugir do presídio federal em Catanduvas é quase impossível. Com os materiais a que os presos têm acesso, cavar um túnel é uma missão extremamente difícil. Mas, por via das dúvidas, todo o terreno é coberto por uma camada de concreto de 1 metro e, sob o concreto, há chapas de aço ultra-resistentes

Catanduvas

A Penitenciária Federal de Catanduvas foi a primeira prisão federal de segurança máxima inaugurada pela União, em 2006. Como as demais penitenciárias de segurança máxima, o presídio tem 208 celas individuais e 12 de isolamento. O estabelecimento prisional destina-se exclusivamente a presos de alta periculosidade.

As celas são individuais, têm cerca de 7 metros quadrados e possuem uma cama, uma pia, um sanitário, uma mesa com banquinho – todos de concreto – e um chuveiro. Esta é a paisagem encarada pelo detento durante 22 ou 23 horas diárias.

Outros criminosos do sistema penitenciário do Amazonas também já ficaram presos no Paraná. O traficante José Roberto Fernandes, o “Zé Roberto da Compensa”, o assaltante de banco Sidney Cândido, o “Bid”, e o ex-policial militar Moacir Jorge da Costa, o “Moa”. Em 2007, “João Branco” ficou uma temporada na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS).

Facção criminosa

“João Branco” era o traficante mais procurado do Amazonas, apontado como principal líder da facção criminosa Família do Norte (FDN), grupo já denunciado pelo Ministério Público Federal por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ele estava foragido desde março de 2014, quando escapou do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Porém só passou a ser procurado pela PF após a operação La Muralla, deflagrada em novembro de 2015 e que tinha o objetivo de desarticular a organização criminosa FDN. Vários membros da facção foram presos na La Muralla.

“Branco” também é procurado pela polícia por ser o mandante do assassinato do delegado de Polícia Civil Oscar Cardoso, morto com mais de 20 tiros em março de 2014. João teria mandado matar Oscar como resposta a uma ação de um grupo de policiais corruptos comandado por Oscar Cardoso.

Ele conseguiu fugir do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no Km 8 da rodovia BR-174, em Manaus, pulando o muro do presídio minutos antes da chegada de policiais civis que dariam cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra ele, pela morte do delegado Oscar.

Fonte: A Crítica

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