Representantes da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e da Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) se reuniram, na última segunda-feira (13), em caráter emergencial, para definir ações prioritárias com o objetivo de resolver a imigração venezuelana de indígenas que hoje ocupam a Rodoviária de Manaus. O encontro realizado na sede da Sejusc, no bairro Adrianópolis, contou com a presença do cônsul da Venezuela no Amazonas, Faustino Torella. Durante a reunião, Município e Estado concordaram de que não há muito que fazer se não houver a participação dos órgãos federais no processo, como enfatizaram o Secretario Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), Elias Emanuel e a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Graça Prola.
Segundo a secretaria da Sejusc, mais de 100 famílias já estão instaladas na capital. A maioria delas em situação de mendicância com a exploração das crianças pelos próprios pais.
O cônsul da Venezuela no Amazonas que participou do encontro não quis gravar entrevista, mas se colocou a disposição das autoridades para dar todo o apoio necessário na relação entre os indígenas e os representantes envolvidos na questão. Ele também disse que os imigrantes interessados poderão receber passagens de ônibus para retornar ao país de origem. Foi sugerido ainda, de forma paliativa, que as famílias fossem remanejadas para ginásios poliesportivos, mas a medida ainda vai ser analisada pela Prefeitura.
A contrário dos haitianos, os venezuelanos entraram no país como turistas, e não para trabalhar. O prazo para as famílias venezuelanas permanecerem no Brasil já expirou, mas grande parte dos imigrantes solicitou pedido de refúgio, por isso, eles não podem ser deportados em razão de questões diplomáticas.
