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MPF e MP/AM recomendam montagem de barreiras sanitárias em portos, aeroportos e terminais rodoviários no Amazonas

Órgãos pedem também aumento da quantidade de profissionais no trabalho de controle nesses locais e orientação aos viajantes quanto a medidas de proteção individual.

– (foto: José Zamith/ Wikimedia Commons) –

Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e do estado do Amazonas (MP/AM) expediram recomendação à Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que estabeleçam, de maneira coordenada e conjunta, barreiras sanitárias em portos, terminais rodoviários e aeroportos do estado pelos próximos 60 dias, com o objetivo de conter a proliferação do novo coronavírus (covid-19).

No documento, assinado no último domingo (22), os órgãos recomendam também o encaminhamento à quarentena ou isolamento monitorado de casos suspeitos de covid-19 identificados nesses locais. O número de profissionais que atuam no controle feito pelos órgãos nos portos, aeroportos e terminais rodoviários também deve ser ampliado para garantir atendimento ininterrupto e os viajantes devem receber orientações quanto a medidas de proteção individual em português, espanhol e inglês.

O documento também requer a organização dos espaços de embarque e desembarque, balcões de empresas aéreas e praças de alimentação para que as normas de distância entre as pessoas sejam seguidas. Limpeza frequente dos carrinhos de bagagem, limitação da lotação de pessoas nos banheiros e disponibilização de equipamentos de proteção individual às equipes de profissionais que farão as abordagens também estão entre as medidas recomendadas.

Entre os motivos listados para a expedição da recomendação estão a declaração do governo federal de que o vírus já está sendo transmitido de maneira comunitária, quando não há como descobrir quem transmitiu. Essas medidas de restrição de circulação de pessoas – um dos maiores fatores de risco ao contágio – visam reduzir o impacto da disseminação do coronavírus nos serviços de saúde. No Amazonas, conforme aponta o documento, a preocupação é ainda maior devido à dimensão do território do estado e à existência de comunidades muito distantes das sedes urbanas, o que dificulta a prestação dos serviços médicos de média e alta complexidade.

O MPF e o MP/AM fixaram prazo de 24 horas para que os órgãos responsáveis informem as providências adotadas para atender à recomendação.

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