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MPF denuncia mais de 90 suspeitos de integrar facção criminosa no AM

O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) denunciou 94 suspeitos de ter ligação com uma das principais facções criminosas que atua no estado. De acordo com o órgão, chefes da organização, traficantes estrangeiros, seis advogados e um vereador estão entre os réus denunciados em 15 ações penais, ajuizadas no início deste mês e durante esta semana. As investigações iniciaram em 2014.

Segundo informações divulgadas pelo MPF-AM nesta quarta-feira (24), as ações penais pedem a condenação dos acusados pelos crimes de tráfico internacional de drogas, financiamento do tráfico, associação para o tráfico, organização criminosa, tráfico internacional de armas, crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e material.

As denúncias envolvem alguns ‘laranjas’, que seriam traficantes estrangeiros que atuam na tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru e forneciam drogas e armas à facção, seis advogados ligados ao grupo e até um vereador.

João Branco e José Roberto Fernandes, apontados como líderes da facção, estão entre os denunciados.

Constatou-se ainda que o grupo usava membros na região de fronteira para comprar de traficantes e transportar armas e grandes quantidades de material entorpecente para Manaus e outras capitais.

Segundo as investigações, para movimentar o dinheiro e ocultar a origem ilícita dos lucros provenientes da atividade criminosa, os chefes da facção utilizavam contas de dezenas de ‘laranjas’, que recebiam os valores, sacavam em agências bancárias situadas em Tabatinga, no interior do Amazonas, e entregavam aos reais destinatários: fornecedores de drogas residentes na Colômbia e/ou Peru. Em uma única conta foram movimentados mais de R$ 7 milhões no período investigado.

As 15 ações penais tramitam na 2ª Vara Federal do Amazonas. Outras denúncias relacionadas ao caso deverão ser apresentadas pelo MPF/AM ao longo deste ano.

A estrutura criminosa contava até mesmo com verdadeiro sistema de banco de dados de seus integrantes guardado em programa próprio, encontrado em um notebook apreendido com um detento do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

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