Ministério Público investiga Hiel Levy e as notas fiscais frias da Jobast

Os funcionários da Agência de Comunicação do Governo do Amazonas fizeram muitas horas extras nas últimas semanas, para tirar cópias de mais de 1000 processos de pagamentos efetuados em favor da Jobast Produções, durante a gestão do jornalista Hiel Levy.

O Ministério Público estadual requisitou todos os processos da Jobast, no período de 2005 a 2009, depois que a Polícia Federal descobriu que a empresa Sistema Sol de Comunicação Ltda. vendia notas fiscais frias para “esquentar” pagamentos de serviços fantasmas para a Universidade do Estado do Amazonas, através dessa agência de publicidade. No mesmo período, a Jobast era a maior fornecedora de serviços para a AGECOM, comandada por Hiel. Foram mais de 120 milhões de reais em contratos.

Em abril do ano passado, a Polícia Federal realizou a “Operação Sol Dourado”, com buscas e apreensões em Manaus e Brasília. Na Jobast, a PF encontrou 18 notas fiscais frias, que totalizavam mais de 15 milhões de reais em serviços fantasmas.

O inquérito tramita na Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária. Fontes da Polícia Federal revelam que não está descartada a intimação e o indiciamento do ex-chefe da AGECOM.

Hiel foi demitido da AGECOM no último ano do governo de Eduardo Braga, depois que o governador descobriu que havia mais de 20 milhões de publicidade autorizada sem empenho e sem cobertura orçamentária. Após a demissão de Hiel, Braga reuniu todas as agências em seu gabinete para desancar o ex-assessor e anunciar que a partir daquela data ele seria o “chefe da comunicação”.

O Blog do Antonio Zacarias publicou denúncias graves contra Hiel Levy.

Hiel desfrutando momentos de lazer em sua lancha importada