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Do Portal da CBN Manaus
Na sexta-feira (06), por volta da 20h, foi no Parque Dez, no sábado e no domingo (07 e 08) no Centro de Manaus, na segunda-feira (09), nos Bairros Presidente Vargas e São Raimundo. Já na madrugada de terça-feira (10), o problema ocorreu no Bairro Glória, por cerca de 40 minutos. Todos esses pontos da Capital sofreram, nos três períodos, interrupções no fornecimento de energia elétrica, sem que a Eletrobrás Amazonas Energia informasse as causas dos blecautes.
Em setembro do ano passado, a concessionária anunciou que faria investimentos no valor de R$ 700 milhões para acabar com as interrupções de energia elétrica, na Capital e no Interior do Estado, mas, como início do verão e o aumento do consumo, os apagões voltaram com força total. Para o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Marcos Rotta (PMDB) a concessionária de energia não cumpre com o que promete. “A gente percebe a falta de compromisso da empresa para a cidade de quase 2 milhões de habitantes, que tem um Polo Industrial dos mais modernos e completos da América Latina, que gerar milhares de empregos, que cresce todos os dias, e que não tem o mínimo de compromisso com uma cidade-estado como é Manaus. O consumidor tem que fazer a sua parte, procurando os órgãos de defesa do consumidor e denunciando os apagões que estão voltando a afetar os consumidores na cidade.”
Em caso de prejuízos com danos a eletrodomésticos e outros equipamentos, Marcos Rotta afirma que o cliente pode cobrar indenização da Amazonas Energia. “O consumidor deve anotar o momento dessas quedas, das oscilações de energia, para poder entrar com ações, para garantir o ressarcimento dos prejuízos junto à Amazonas Energia, agora existe um prejuízo maior, muito difícil de ser reparado, que é a questão da imagem da cidade, da Zona Franca de Manaus, que fica prejudicada junto aos investidores.”
Nesta quinta-feira (12), o diretor de geração e distribuição da Eletrobras Amazonas Energia admitiu que os problemas vão continuar acontecendo, mas, segundo ele, não é nada preocupante. “Vão continuar existindo alguns problemas, sim! Não temos o domínio sobre um acidente, um carro que derruba um poste, uma árvore que cai na rede ou um transformador que queima, por sobrecarga, ou ligações clandestinas.”
De acordo com Tarcísio Rosa, o problema será resolvido com a instalação de um sistema de supervisão do fornecimento e controle da carga, nos transformadores. “Vamos instalar o equipamento nos transformadores e o equipamento vai dizer se o transformador está com oscilação, com a corrente elevada, sobrecarga ou desligou. Aí, nós mandamos uma equipe lá! Temos mais de 11 mil transformadores na cidade. Até outubro, teremos o equipamento em mil transformadores. Olhando esses mil, teremos como supervisionar a cidade. Nosso sistema vai justamente antecipar e, em alguns caos, eliminar o defeito”, promete.
De acordo com a Eletrobras Amazonas Energia, até maio do ano que vem, Manaus deverá estar definitivamente conectada ao chamado Sistema Interligado Nacional (SIM), por meio do Linhão de Tucuruí.
Em caso de prejuízos ao consumidor, por causa dos mini-apagões, a concessionária tem o prazo de 60 dias para resolver o problema. Por conta dos apagões, a Amazonas Energia já foi multada, nos últimos 12 meses, em quase R$ 5 milhões pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Programa Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-Am).
