Os três dias de protestos dos ocupantes da área em vários locais da capital não sensibilizaram e o governo do Estado manteve a ordem de reintegração de posse da ocupação batizada de “Monte Horebe”, na zona norte de Manaus, anunciada na última sexta-feira (28/02) para esta segunda-feira (2/3).
A invasão, que reúne cerca de 5 mil famílias, vinha avançando sobre áreas de preservação e vinha gerando uma série de problemas, principalmente nas áreas ambiental, social e de segurança pública, por causa dos intenso tráfico de drogas e uma guerra entre facções criminosas pelo controle de espaço e do tráfico de drogas.
A mobilização contra a reintegração de posse da área foi organizada e realizada de forma a chamar a atenção de toda a cidade, com divulgação maciça por meio das redes socais, principalmente pelos grupos de WhatsApp, objetivando sensibilizar a sociedade. As manifestações atingiram as principais vias da capital, com bloqueios que interditaram as vias e dificultaram o trânsito em vários em vários pontos.
A reintegração
A operação está sendo coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI), da SSP-AM, com participação das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil; das secretarias de Justiça (Sejusc), Assistência Social (Seas), Cultura (SEC), Cidades e Territórios (SECT), Meio Ambiente (Sema) e de Infraestrutura (Seinfra); Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE); Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam) e Superintendência de Habitação (Suhab), além da Defensoria Pública do Estado (DPE-AM).
Acompanham a operação representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), agências da Organização das Nações Unidas (ONU). Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) e o Ministério Público do Estado (MPE-AM) também participaram das reuniões do GGI sobre a reintegração e foram convidados a participar da operação nesta segunda-feira.
