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Merendeira de escola pública de Manaus é agredida por dona da empresa de conservação e limpeza

Discussão e até tapa na cara gravada em vídeo. Uma merendeira de uma escola pública de Manaus é agredida pela dona da empresa de conservação e limpeza em que trabalha.

O vídeo foi gravado dentro da empresa de conservação RCA, que presta serviço para o Estado e o município e mostra o tratamento dispensado pela dona da empresa Arlete Coelho às merendeiras.

Em outro trecho, a empresária avança na direção de uma manipuladora de alimentos e dá um tapa no rosto dela. A agressão não é revidada.

A mulher que apanhou é a merendeira Ozilene da Silva Paiva, de 39 anos. Ela trabalha há 9 anos no Semei António Gonçalves Dias, no bairro Armando Mendes, zona Norte de Manaus. Tida como funcionária exemplar pela direção da escola, ela disse que foi chamada à empresa para tratar de documentação e foi surpreendida com o tapa no rosto. Após a agressão, ela foi ao 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde fez um boletim de ocorrência (BO).

“Eu nunca fui com ignorância, pra ele fazer isso comigo. Nunca fui com nenhum ‘pingo’ de ignorância.”

A merendeira Raimunda Melo de Souza também passou mal com as agressão e precisou ser medicado no pronto socorro com pressão alta.

“Ele tirou minha pressão. Estava 18/11, me tremendo todinha. Foi quando nós fomos levadas para o pronto-socorro. O advogado queria levar. Eu disse que não! Que eu não iria sair dali, enquanto não resolvesse meu problema!”

A reportagem da Rede Tiradentes esteve na sede da empresa RCA serviços, onde tentou falar com a proprietária da empresa a dona Arlete Coelho, porém, ela preferiu não falar com a imprensa. Mandou um recado apenas pelos funcionários, afirmando que o que houve na empresa foi uma invasão das funcionárias.

Manipuladoras e serviços gerais da empresa RCA se reuniram na frente da empresa em defesa das funcionárias agredidas. A imprensa tem acompanhado o drama dessas profissionais que estão sem receber salários ha mais de três meses. Mesmo havendo repasse da prefeitura e estado para a empresa. Já há audiência prevista na justiça do trabalho este mês para definir de uma vez por todas a situação das cerca de 2000 trabalhadores da RCA. A empresa presta serviços em escolas públicas do estado e do município de Manaus.

“Eu dou o maior esforço na escola. Eu já tive várias oportunidades de emprego e outros lugares, mas sempre digo não. Eu gosto do que eu faço e gosto de trabalhar aqui! Desde janeiro que não recebo vale transporte. Eu não tenho o que reclamar das diretoras da escolas, porque elas me dão vale transporte e levam pra casa desde janeiro.”

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