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Maus Caminhos: quarta fase da Operação revela mais dois núcleos da organização criminosa que desviou mais de R$ 100 milhões da Saúde do Amazonas

A 4ª fase da Operação “Maus Caminhos” revelou mais dos núcleos de atuação da organização criminosa, o político que tinha como peças principais o ex-deputado federal Sabino Castelo Branco que, segundo as investigações, recebeu em 14 meses R$ 300 mil por meio de uma assessora parlamentar, como detalha o procurador da república, Alexandre Jabur que acompanha o caso.

“Sabino Castelo Branco teve dois papéis: o primeiro foi o de compor o núcleo político, quando ele, num primeiro momento, conseguiu obter, intermediou junto à administração pública estadual, um contrato no qual o Muhammad foi beneficiado e ele recebia mensalmente R$ 3 milhões como contraprestação dos serviços, que Sabino era o real beneficiário de uma das empresas que prestaram parcialmente serviços ao Instituto ‘Novos Caminhos’, com uma empresa de Segurança. Sua ex-assessora parlamentar – Débora – era, na verdade, a representante legal da empresa, porém, o real beneficiário – quem estava por trás – era o empresário.”

A organização também tinha um núcleo jurídico comandado segundo as investigações pelos advogados Lino Chíxaro e Josenir Teixeira.

“Ele tinha uma função de consultoria – uma consultoria criminosa –   tanto Lino Chíxaro quanto Josenir, eles aconselhavam Muhammad, quando necessário, em atividades como driblar a Justiça, como conseguir uma vantagem perante a administração .”

A nova fase também revelou um aumento nos valores desviados que passaram de 82 milhões para 100 milhões.

“Tínhamos um valor, até então de R$ 82 milhões, aproximadamente, de valores que nós estávamos pedindo à Justiça para que os réus fossem condenados, na obrigação de ressarcir. Atualmente, nós passamos de R$ 100 milhões, por conta desses novos desvios que nós identificamos e que constam das denúncias.”

Foram oferecidas nesta fase 21 denuncias; 2 de organização criminosa, 7 de peculato, 10 de dispensa indevida de licitação e 2 de trafico de influência. Os números segundo o procurador deve aumentar, pois as investigações continuam, e serão comandadas agora pelos procuradores Armando Pinheiro Correa e Thiago Cesar Marques de Castro, Alexandre Jabur passará a integrar a equipe da operação Lava Jato, em Curitiba.

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