A corrida será entre eles, mas a dúvida é se o troféu estará na linha de chegada. Dillashaw desceu de categoria pela oportunidade de conquistar um segundo cinturão, contra o campeão peso-mosca Henry Cejudo. “Magic” Marlon acredita que o detentor da cinta de sua divisão está evitando enfrentar os dois brasileiros e gostaria de uma garantia maior de que o vencedor do duelo tupiniquim teria a oportunidade de encara-lo em seguida.

– Hoje eu vejo eu e o Raphael como os dois maiores na categoria para desafiar. Inclusive acho que essa luta deveria ter sido pelo cinturão interino, pelo campeão estar indo para a categoria de baixo. Quando o cara sobe de peso, está se desafiando e enfrentando um cara maior, mas quando você vai lutar contra caras menores, ele está procurando um caminho um pouco mais fácil. Tanto eu quanto o Raphael merecíamos uma luta pelo cinturão interino, e evidenciar que esse cara vai realmente enfrentar um de nós dois, porque parece que ele está procurando um caminho mais fácil – apesar de ser um grande lutador – teorizou Moraes.

Para se credenciar a disputar o cinturão, Marlon vai enfrentar o único lutador capaz de pará-lo nos últimos sete anos. Raphael Assunção causou a única derrota do peso-galo friburguense nas últimas 17 lutas, num confronto que Marlon ainda acredita que poderia ter ido para o seu lado. Para devolver o revés, ele tem uma receita simples.

– Acho que vou ter um pouco mais de agressividade nesta luta e fazer o que o público gosta: porrada e partir para cima, trazer a luta para onde eu gosto também, que é bastante violência. Gosto de violência nas minhas lutas, e o público que vem assistir gosta de ver um atleta que busca o nocaute, e é isso que eu faço. Eu gosto de entrar lá e nocautear as pessoas, e é isso que o público gosta de ver – garantiu.

O primeiro duelo entre os dois brasileiros aconteceu no Rio de Janeiro, a poucos quilômetros da cidade natal de Moraes, Nova Friburgo. Era também a estreia no UFC do ex-campeão do WSOF, que jura que o fato de estar mais perto de casa não influenciou muito a torcida. Ele espera o público dividido novamente contra o pernambucano Assunção.

– Acho que o público de Fortaleza tem que ficar feliz, porque vai ter um brasileiro enfrentando outro brasileiro, e independente do resultado, o Brasil vai ter um atleta representando lá em cima. Eu fui muito bem recebido. O público daqui é maravilhoso, conheço muito daqui, o que o pessoal do Ceará gosta, acho que tenho um bom entrosamento com o povo nordestino. Apesar de ser a minha primeira vez aqui, estou me sentindo em casa. Estou feliz de estar aqui, que lugar maravilhoso! E mal posso esperar para dar a vocês o que vocês mais gostam: nocautes e lutas eletrizantes. É Brasil contra Brasil. Lutei no Rio, a torcida para mim e para ele foi igual, acho que talvez tenha sido até mais para ele, por eu estar chegando no evento. O brasileiro gosta de brasileiro, ele já está no evento há bastante tempo. Acho que vai ser igual – analisou Marlon.