Portal da CBN Manaus
A farinha é a grande vilã entre os produtos mais caros da cesta básica, avaliados na pesquisa realizada no mês de março, pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Das 18 capitais onde a pesquisa é realizada, Manaus já é tem a terceira cesta mais cara do país. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (08), pela supervisora técnica do órgão, no Amazonas, Alessandra Cadamuro.
“Houve uma variação de 4,55 %, em relação a fevereiro. Em março a cesta custou R$ 328, 49.”
Segundo Alessandra, dos 12 produtos pesquisados, nove apresentaram alta. “As altas mais significativas, acima de 10%, são dos preços da farinha, banana e feijão. A farinha teve uma variação de quase 20%. De janeiro, até agora, o produto acumula um aumento de 70%.”
Para Alessandra, a subida dos preços da farinha, deve-se a fatores climáticos. “Houve uma redução da área plantada, na safra passada, e nova safra ainda não entrou. Isso fez com que houvesse uma redução, tanto na matéria-prima, como também houve uma queda da produtividade, então, isso comprometeu a oferta do produto.”
De acordo com a supervisora do DIEESE, a seca no Nordeste brasileiro também interfere nos preços. “Interfere bastante, porque a Bahia é um dos três maiores produtores de farinha de mandioca e de farinha no país, juntamente com o Pará e o Paraná. A produção no Amazonas também é significativa, mas talvez não seja suficiente para suprir a demanda ou não esteja onde é necessário estar, porque, ainda que se produza, se não se puder trazer, não vai poder ser vendida e consumida, então, isso também pode estar influenciando.”
Como bons consumidores do tradicional produto, os amazonenses sabem que a farinha, principalmente, a do Uarini, está custando “os olhos da cara”, no comércio de Manaus.
O DIEESE foi criado pelo movimento sindical brasileiro. Fundado em 1955, o órgão desenvolve pesquisas que fundamentam reivindicações dos trabalhadores brasileiros.
