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Luxemburgo cita exemplo de Neymar e pede calma com Gabriel Veron no Palmeiras: “Começando”

Por Fabricio Crepaldi e Felipe Zito — São Paulo


Redes sociais, pandemia e outros pensamentos da quarentena de Vanderlei Luxemburgo
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O atacante Gabriel Veron, de apenas 17 anos, é uma das maiores promessas do Palmeiras. Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo Sub-17 no ano passado, ele conta com o apelo dos torcedores para que tenha mais chances no time titular. Porém, o técnico Vanderlei Luxemburgo tem tido cautela para utilizá-lo.

Nesta temporada, ele foi titular em três partidas e entrou em outras quatro. Ainda não fez gol. Luxa explica os motivos pelos quais não tem usado muito o garoto.

– Eu não quero colocar e me pedirem para tirar amanhã. Quero colocar quando eles puderem seguir. O Veron não estourou ainda, ele teve uma participação excelente na Seleção, mas no Palmeiras ele está começando a história dele. Temos de ter um pouquinho de calma, já que a história dele até agora foi na Seleção – disse.

Gabriel Veron durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Gabriel Veron durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Na visão de Luxemburgo, a cautela serve também para proteger o jogador. Por isso a cautela.

– Lançar quando o torcedor quer, pode se equivocar e perder um talento. Pode colocar e tirar, você vai sentindo. Até quando puder colocar e deixar. Depende de como sentir o ambiente. O Gabriel Veron, eu coloquei. Mas teve jogo que quando ele perdia duas, três bolas, começava uma culpa nele ali. Uma sequência errando, já iam ver o Veron diferente, eu falei “opa, deixa eu tirar”. Aí comecei a colocar em jogos já entrando com o adversário cansado e ele usando a velocidade. É para preservar um talento como o Veron, que tem um futuro brilhante pela frente. Tem que ter calma com isso – declarou.

Vanderlei Luxemburgo era o treinador do Santos em 2009, quando Neymar tinha acabado de subir ao profissional. E ele cita o exemplo de como fez com o astro, hoje no PSG, para explicar a utilização de um garoto que gera muita expectativa.

– O dia que eu começar a sentir que a torcida está me chamando de burro porque eu não coloco o cara, está na hora dele começar a jogar. Quando cheguei no Santos, o Neymar tinha sido lançado pelo Dorival Junior, ele teve uma queda e começaram a falar que era só uma promessa. Eu chamei ele e o pai e falei pra fazermos um trabalho de ganhar massa muscular, chamei de filé de borboleta brincando, que eu ia colocar ele no banco, entrando 15 minutos, 20 minutos – explicou.

– Daqui a pouco a torcida vai estar me chamando de burro. Quando ela me chamar de burro, ele volta a jogar e será titular. Foi o que aconteceu. A torcida começou a me chamar de burro, seu filho disso, filho daquilo, Neymar tem que jogar… Eu bati no ombro dele e disse “Não te falei? Agora vai lá jogar, meu filho” – completou.

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