Matérias

Líderes nas pesquisas cometem erros, e mulheres ganham protagonismo no 1º debate

Os candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), durante debate na noite deste domingo (28). — Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

Os candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), durante debate na noite deste domingo (28). — Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

Tanto na avaliação de integrantes das campanhas, quanto em diferentes grupos de eleitores indecisos que estavam sendo monitorados, as duas candidatas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União), conseguiram se destacar no primeiro debate presidencial, realizado neste domingo (29).

As presidenciáveis conseguiram se destacar principalmente nas colocações incisivas e na defesa das mulheres.

Em grupos monitorados com eleitoras mulheres de classe média e de baixa renda, o posicionamento das duas candidatas foi elogiado ao saírem na frente em defesa da jornalista Vera Magalhães, atacada pelo presidente Bolsonaro (PL) durante o debate.

Soraya foi elogiada por ter dado a declaração dizendo que Bolsonaro é “tchutchuca” com os homens do Centrão e “Tigrão” com as mulheres. Simone também se saiu bem quando fez uma defesa à democracia, atacou as fake news do presidente e perguntou: “Bolsonaro, por que você tem tanta raiva de mulheres?”

Desempenho dos homens

O ex-presidente Lula (PT), na avaliação das campanhas e nos grupos, foi pouco incisivo nas respostas sobre corrupção, principalmente ao ser questionado por Bolsonaro. O petista não conseguiu responder de maneira enfática e poderia ter falado do orçamento secreto, citado sigilo de 100 anos ou mesmo a corrupção envolvendo os filhos do presidente, mas não citou. Foi citar só mais à frente, em outro bloco do debate, quando já era tarde e o programa se encerrava para o fim.

Lula usou grande parte do debate para colocar em campo a estratégia do PT de tentar não entrar no ringue com os demais candidatos, uma vez que é líder nas pesquisas, e tentou colocar o foco no que fez nos governos passados, inclusive no combate à corrupção. No entanto, a estratégia deixou Lula fora do embate e fez com que ficasse apagado, de acordo com esses grupos.

Já Bolsonaro foi orientado a destacar pontos de sua gestão para mulheres, em uma tentativa de estancar a repercussão negativa dos ataques à jornalista Vera Magalhães, e tentou falar com o eleitorado feminino e o mais conservador, falando sobre família e combate às drogas. Mas a tentativa não foi suficiente para reverter a imagem agressiva que passou no debate.

No embate sobre mulheres, Ciro Gomes (PDT) foi alvo de Bolsonaro, que resgatou uma declaração dele de 2002, falando sobre sua então esposa, Patrícia Pillar. Ciro rebateu dizendo que ele veio de um meio sob a cultura machista, mas que, diferente de Boslonaro, ele aprendeu.

Em resumo, em um debate com a participação dos favoritos nas pesquisas eleitorais, foram as candidatas com a menor intenção de voto que de fato conseguiram chamar a atenção do eleitor. A dúvida agora é se isso vai se reverter no ponto de vista quantitativo, já que a maioria do eleitorado disse que já está decidida entre Lula e Bolsonaro.

Fonte: G1.

Deixe seu comentário

TV

Rádios

Arquivos

  • Arquivos

  • Links

    Links